segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Sindicatos criticam reajuste anunciado pelo governador e reclamam falta de diálogo com categorias dos servidores

Várias categorias de servidores públicos estaduais manifestaram insatisfação com o reajuste linear anunciado hoje pelo governador Ricardo Coutinho, bem como, a falta de diálogo. De acordo com o delegado Cláudio Lameirão, presidente da Associação de Defesa das Prerrogativas dos Delegados de Polícia da Paraíba (Adepdel), a decisão contraria as propostas apresentadas pelo governador à categoria durante a campanha eleitoral.
“O governador nos prometeu uma ampla discussão em torno desse percentual de aumento, mas o que vimos foi uma proposta fechada sem a possibilidade alguma de negociação”, disse Lameirão. Para discutir a proposta do Governo, a Adepdel convocou uma Assembléia Geral dos delegados da Polícia Civil na próxima quarta-feira, 21, na Sede da OAB, em Campina Grande.
Já Antônio Erinaldo, do Sindicato dos Trabalhadores da Polícia Civil, criticou principalmente a falta de diálogo. Segundo ele, o governador tinha prometido chamar todas as categorias para discutir o aumento e assim não procedeu. Erinaldo também pretende convocar uma assembléia, juntamente com o Fórum de Trabalhadores da Segurança Pública, para discutir a questão.
Em entrevista a imprensa, o presidente do Sindicato do Trabalhadores em Educação Antônio Arruda, também reclamou da falta de diálogo e da forma como o reajuste aconteceu. Segundo ele, o piso nacional do professores só será atingido somando o salário base com as gratificações. “O piso nacional tem que ser só o salário base e não gratificações”, comentou. Arruda acrescentou que o único compromisso firmado foi o pagamento das bolsas aos professores que atingiram as metas pré-estabelecidas pelo Estado.
O presidente do Fenafisco, Manoel Isidro, informou que a categoria se mantém mobilizada para fazer acordo dentro das conquistas consolidadas pela categoria que inclui o pagamento do Subsidio incluindo o retroativo deste ano. Vitor Hugo, presidente do Sindifisco, disse que vai estudar a fundo o reajuste, mas antecipou que já percebe-se, da forma como aconteceu, que está abaixo do que a categoria esperava. Segundo ele, os 9,5% tinha sido prometido já para janeiro e não divido em duas vezes. Ele também convocará uma reunião da classe.
Já a presidente do Sindsaúde, Wanda Celi, criticou os percentuais de reajuste por não contemplar os interesses nem a necessidade das categorias que ela representa, e vêm causando dificuldades de assimilação. Ela revelou que os servidores estavam na expectativa de um aumento que atingisse os índices inflacionários que se verificaram entre os anos de 2010 e 2011, e mais a inflação prevista para 2012, que, somados, chegam à casa dos 14,73%, mas, da forma como descritos, os percentuais não corrigem a defasagem salarial das categorias funcionais do setor.

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