quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

O MDA destaca produção de arroz vermelho no Vale do Piancó como exemplo de sucesso na agricultura familiar

O Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) aponta a produção do arroz vermelho na região do Vale do Piancó como exemplo de sucesso na agricultura familiar. O Governo Federal destaca o modelo de trabalho da Associação dos Pequenos Produtores de Arroz Vermelho de Santana dos Garrotes e região, que tem assistência da Emater.
Com os recursos garantidos pelo Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), acessar o mercado se tornou mais fácil pela associação que, em 2011, teve um volume de entregas de 200 toneladas, viabilizadas por meio da utilização da modalidade de Apoio à Formação de Estoques pela Agricultura Familiar (CPR Estoque).
Para o presidente da associação, José Soares Filho, participar do programa trouxe significativas mudanças para a vida dos 77 agricultores, que hoje comercializam a produção de 300 hectares de arroz vermelho para o programa. "O recurso é essencial para garantir renda e fortalecer a produção do arroz vermelho. Para a região, foi uma bênção”, afirmou.
Na primeira entrega da associação, em 2007, foram comercializadas 70 toneladas do alimento. Antes, os agricultores entregavam a produção aos atravessadores, que pagavam R$ 0,70 pelo quilo do arroz com casca, mas agora o quilo é vendido a R$ 1,50. "A renda dos agricultores aumentou em mais de 50%. Eles já estão ampliando a área de plantio para atender ao programa”, disse José Soares.

Alimento saudável
Rico em vitamina B1, fibras, cálcio e com zero de colesterol, o arroz vermelho é vendido no comércio local e também para o Programa de Alimentação Escolar (Pnae). "Somos o maior produtor de arroz vermelho do mundo. O produto já é reconhecido como tipo 1. Para agregar valor, estamos buscando a sua Identificação Geográfica (IG)”, explica.
A modalidade de CPR Estoque apoia a comercialização das cooperativas e associações para que formem seus estoques e comercializem os produtos em condições mais favoráveis. Nesta modalidade, cada cooperativa ou associação pode acessar até R$ 1,5 milhão por ano pelo PAA, a juros de 3% ao ano. O agricultor pode vender até R$ 8 mil por ano ao PAA.
A prioridade é para a compra da produção da agricultura familiar a preços justos, compatíveis com os praticados nos mercados regionais e com isenção de licitação. Mais de 330 produtos da agricultura familiar, além de produtos tradicionais (e também os produtos da sociobiodiversidade e os orgânicos), são vendidos no PAA.
A Emater Paraíba, empresa vinculada à Secretaria do Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap), é responsável por consolidar essa ferramenta de organização do agricultor e por mudar os hábitos alimentares das famílias e dos estudantes da rede pública de ensino. Permite, também, garantir uma renda fixa ao homem e à mulher que trabalha a terra. (com MDA)

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