quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Presidente Dilma diz estar 'indignada' com abertura do processo de impeachment

Brasília - Após o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, aceitar o pedido de abertura do processo de impeachment, a presidenta Dilma Rousseff partiu para o ataque contra o parlamentar na noite desta quarta-feira. Durante discurso, ela enfatizou que "não podemos abalar a democracia e a estabilidade do país". Dilma disparou várias indiretas contra Cunha, lembrando o caso da conta na Suíça do peemedebista, negado por ele na CPI da Petrobras, no começo do ano. 
"Eu recebi com indignação a decisão do senhor presidente da Câmara de processar o pedido de impeachment de um mandato eleito democraticamente pelo povo brasileiro. São improcedentes as razões desse pedido", destacou a presidenta, acrescentando que "não podemos deixar as conveniências e os interesses indefensáveis abalarem a democracia e a estabilidade de nosso país. Devemos ter tranquilidade e confiar nas nossas instituições e no Estado Democrático de Direito". 
Dilma alfinetou Cunha e afirmou que nunca tentou "coagir pessoas ou instituições em busca de satisfazer meus prazeres". Além disso, ela lembrou o caso das contas do deputado na Suíça e ironizou dizendo que ela "não possui contas no exterior".
"Não existe ato ilícito praticado por mim. Não paira contra mim nenhuma suspeita de desvio de dinheiro público. Não possuo conta no exterior nem ocultei do conhecimento público a existência de bens pessoais. Meu passado e meu presente atestam a minha idoneidade  e meu inquestionável compromisso  com as leis e a coisa pública", afirmou Dilma.
No pronunciamento, a presidenta fez alusão à votação de processo contra Cunha no Conselho de Ética. Ela lembrou que "havia interesse na barganha os votos de membros da base governista no Conselho de Ética" e em troca "haveria o arquivamento dos pedidos de impeachment" contra o presidente da Câmara.
"Eu jamais aceitaria ou concordaria com quaisquer tipos de barganha. Muito menos aquelas que atentam contra o livre funcionamento das instituições democráticas do meu país, bloqueiam a justiça ou ofendam os princípios morais e éticos que devem governar a vida pública", ressaltou. (Agência Brasil)

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