quinta-feira, 5 de maio de 2016

Janot relata em petição ao STF que Manoel Jr cantou seis músicas para Cunha; Ato ocorreu no aniversário do presidente da Câmara, comemorado com familiares e correligionários....

Um fato curioso identificado em petição formulada pelo procurador Geral da República, Rodrigo Janot, e encaminhada ao Supremo Tribunal Federal (STF), vazou na imprensa (veja abaixo), nesta quarta-feira (4). No texto da peça, o PGR cita que o deputado federal Manoel Júnior (PMDB) cantou seis músicas no aniversário do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), ocorrido no dia 29 de setembro de 2015.
O procurador solicita ao STF a autorização para abertura de inquérito contra o parlamentar paraibano e outros deputados do PMDB. Segundo Janot, liderada por Eduardo Cunha, a cúpula do partido atuou na venda de requerimentos e emendas parlamentares para beneficiar empreiteiras investigadas na Operação Lava Jato.
“Manoel Júnior trabalhou ativamente na campanha do colega de partido à presidência da Câmara. Ele é amigo de Cunha e, de acordo com reportagem da revista Época, cantou seis músicas em festa de aniversário de Cunha em Brasília. No Conselho de Ética, é um dos deputados mais atuantes na defesa de Cunha. Manoel Junior costuma apresentar reiterados questionamentos nas sessões do Conselho de Ética, como uma manobra para adiar ao máximo o andamento do processo”, diz trecho da petição.



Relembre o caso

Dono de um vozeirão e extremamente bem articulado dentro da cúpula do PMDB. Manoel Júnior soltou a voz na comemoração do último aniversário de Eduardo Cunha (PMDB). Na ocasião, ele cantou “Espumas ao vento”, de Accioly Neto, “Garçom”, de Reginaldo Rossi, e “Dia Branco”, Geraldo Azevedo, entre outras, e não se importou com as imagens feitas no local (veja o vídeo ao lado).

Deputado se defende das acusações de Janot

Manoel Junior já se pronunciou sobre as acusações de Rodrigo Janot. Ele argumentou que a afirmação do procurador não seria verdadeira, e que apenas “apresentou dois requerimentos estritamente restritos ao seu trabalho parlamentar”, e diz que, enquanto membro titular da comissão de Finanças e Tributação da Câmara, “é seu dever como parlamentar promover discussões de matérias pertinentes a situação financeira do País na referida Comissão”.
Dentre os requerimentos, Manoel Junior afirma que o de número “05/2013 convocou os presidentes do Banco Central e do Banco BMG, além de representantes da Polícia Federal e do Ministério Público Federal para comparecer à Comissão de Finanças e Tributação, com objetivo tratar de assuntos denunciados pela imprensa, além disso, tal audiência jamais aconteceu, o que desmonta a tese de pressão ou achacamento. Esse requerimento passou quase seis meses sem ter sido ao menos discutido na CFT, e no final do ano foi arquivado”.

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