sábado, 28 de maio de 2016

Liderança do governo no Senado é incompatível com a presidência da Comissão do Impeachment, diz senador Raimundo Lira.

O senador Raimundo Lira (PMDB-PB) não foi convidado para assumir a liderança do presidente interino Michel Temer no Senado. A especulação circula em Brasília, especialmente no Senado, mas de fato não existe nada. Em conversa por telefone com o senador paraibano, ele disse, inclusive, que a missão na Comissão Especial do Impeachment é totalmente incompatível com a função de líder. 
“Eu estabeleci alguns princípios para conduzir essa comissão: ter um comportamento suprapartidário, ter o máximo de imparcialidade e fazer um esforço no sentido de evitar que a maioria pudesse sufocar a minoria”. Lira, que é presidente da Comissão Especial do Impeachment, disse que vai haver um esforço da comissão para concluir os trabalhos no mês de agosto, para não prejudicar as eleições municipais. “Porque o mês de setembro é o mês que está no auge das eleições municipais, e não seria bom nem para um lado nem para outro ter esse discurso do impeachment na eleição municipal, também levando em consideração que muitos senadores ou a maioria dos senadores vai ter que se deslocar para seu estado de origem para participar e fazer o apoiamento a alguns candidatos às eleições municipais”, disse.
A próxima reunião da Comissão Especial do Impeachment será na quinta-feira (02). Até o dia 1º de junho, segundo o presidente, a comissão deverá receber as alegações da presidente afastada Dilma Rousseff e todos os requerimentos de solicitações de oitivas, apresentação de testemunhas, perícias, que serão definidos na reunião do dia 02 de junho, quando também será votado o cronograma. De acordo com Raimundo Lira, o processo de impeachment está estimado para ser concluído com 81 dias, podendo haver mais um prazo de 10 dias para defesa de Dilma, indo, portanto, a 91 dias. O cronograma é flexível porque vai depender do andamento dos trabalhos. (Aline Lins)

Nenhum comentário: