quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Manoel Duré acha que foi traído na eleição do CREA mas, na verdade, ele foi tragado pela maré anti-ricardista

Manoel (Duré) Antônio de Almeida (na foto ao lado) é o diretor-presidente da Emepa (Empresa Estadual de Pesquisa Agropecuária da Paraíba). Ele foi presidente do CREA (Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura) por três mandatos.
Conselho terá 1ª mulher na presidência - Embora se negue a falar publicamente sobre este assunto, os amigos mais próximos dele, são unânimes em dizer que Duré não merecia ter recebido o tratamento dispensado por certos “colegas de profissão” que o traíram politicamente, durante o último pleito eleitoral realizado pela entidade, que terminou com a vitória de Giucélia Figueiredo (PT), a 1ª mulher a assumir a direção do referido órgão regulatório de fiscalização profissional, em 46 anos de existência do CREA (Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia).
Razões da vitória da candidata petista - Os motivos são vários:
1º) Duré apoiou a eleição do atual presidente, Paulo Laércio, ex-vice dele por três mandatos e não recebeu nada em troca, já que Paulo acabou ficando no grupo de Giucélia;
2º) Embora tenha recebido a pecha de “ricardista” por ter sido coordenador da Defesa Civil da prefeitura municipal de João Pessoa durante o 1º mandato do atual governador Ricardo Coutinho (PSB), Duré nunca se utilizou dessa sua ligação política para tentar se beneficiar, em termos de captação de votos;
3º) Sua principal adversária foi Giucélia Figueiredo, a quem Duré contratou como Assessora Especial da presidência do CREA, durante um determinado período de sua longa gestão e depois apoiou como candidata a deputada federal, conseguindo doações financeiras e pagando do seu próprio bolso o aluguel da casa onde funcionou o comitê de campanha petista;
4º) O resultado foi injusto, matematicamente falando, porque a soma dos votos obtidos por Manoel Duré (578) com os de Paulo Virgínio (257) totalizam 835, ou seja, uma diferença de 152 votos contra os 683 sufrágios de Giucélia, que acabou vencendo a eleição beneficiada pela divergência entre as outras duas chapas concorrentes.
5º) Se Paulo Virgínio tivesse aceitado ser candidato a vice-presidente do CREA na chapa encabeçada por Manoel Duré, como chegou a ser proposto, meses atrás, fatalmente Giucélia teria sido – provavelmente – derrotada e o eleito seria outra pessoa.
6º) Para completar o cerco armado contra ele, Duré ainda enfrentou o apoio conjunto dado a Giucélia Figueiredo pelo Sinduscon (Sindicato da Indústria da Construção Civil), Senge (Sindicato dos Engenheiros do Estado) e IAB-PB (Instituto dos Arquitetos do Brasil – Escritório de Representação na Paraíba), todos irmanados em torno do sentimento de retaliação indireta, descontando suas mágoas do governador Ricardo Coutinho e da fiscalização rigorosa desempenhada pelo CREA nas gestões anteriores, fazendo campanha contra a chapa dele.
Tsunami de votos engoliu suposto “ricardista”
Traduzindo em miúdos: Manoel Duré foi tragado pela maré anti-ricardista capitaneada por Giucélia, pagando o pato por um hipotético "crime" que ele não cometeu, somente pelo fato de ser aliado da gestão socialista na Paraíba, mesmo que não tenha sido afogado por nenhum tsunami de votos, embora tenha sido engolfado pelas urnas do CREA. (com GiovanneMeireles)

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