quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Cássio, Maranhão e Cartaxo, se reúnem e renovam aliança das Oposições para 2018

Decidida a abreviar o processo de escolha da chapa a sucessão de 2018, a oposição reuniu o principal PIB eleitoral da Paraíba na noite passada na festa de confraternização de fim de ano patrocinada pelo PMDB. O encontro movimentou o noticiário político desta quinta-feira (29), tendo em vista a grande repercussão.
Serviu para levar à roda os prováveis personagens da próxima campanha paraibana. Também, mostrou a capacidade de união de força política dos partidos que tornaram-se os grandes vencedores das eleições municipais deste ano. Juntos, PSD, PMDB e PSDB amealharam mais de 70% de votos do eleitorado, bastando lembrar as vitórias nos principais centros paraibanos, a exemplo de João Pessoa, Campina Grande, Guarabira, Patos, Santa Rita… Só para citar alguns.
A decisão de atrair as lideranças presentes a confraternização peemedebista foi comandada pelo senador José Maranhão, presidente estadual do PMDB. Deu-se no restaurante Gulliver, localizado na orla marítima de João Pessoa. À mesa, o senador Cássio Cunha Lima (PSDB), o prefeito Luciano Cartaxo (PSD), o deputado federal e vice-prefeito diplomado Manoel Júnior (PMDB), os deputados federais Rômulo Gouveia – presidente estadual do PSD – e Pedro Cunha Lima (PSDB), deputado estadual Nabor Wanderley (PMDB) e o presidente do PSD de João Pessoa, Lucélio Cartaxo.
Resta lembrar, ainda, que essas lideranças foram responsáveis por impor derrotas fragorosas ao governador Ricardo Coutinho (PSB) e, segundo informações, teria reagido de forma áspera quando soube do sucesso da confraternização dos peemedebistas com os partidos aliados das vitórias nos principais colégios eleitorais da Paraíba durante as eleições passadas. “Esse é um projeto de grupo, demonstrado através da unidade comprovada aqui nesta confraternização do PMDB”, destacou o deputado e presidente do PSD, Rômulo Gouveia.
Não se falou em outro assunto a não ser a unidade da aliança. “Vamos levá-la até a campanha de 2018, porque daqui desse grupo temos nomes suficientes para formarmos uma chapa forte para a próxima campanha”, comentou o senador José Maranhão. Falou-se também no senador Raimundo Lira, hoje aliado do governista PSB, mas tão distante que não possa se aproximar. O grupo pretende incorporá-lo como peça chave na composição do time majoritário.
Não falou em nomes, mas de cenários. Isso demonstra que no tabuleiro o grupo tem várias peças que podem ser mexidas, inclusive o ex-governador Roberto Paulino (PMDB), que compareceu ao lado do deputado Ranieri Paulino (PMDB). Eles acabaram saindo da confraternização mais cedo.
A movimentação da oposição foi o que mais incomodou o governador Ricardo Coutinho nesta quinta-feira (29). Prova disso é que anunciou uma licença para esfriar a cabeça, colocá-la no lugar e pensar o que irá fazer daqui pra frente, restando pouco meses para concluir o seu mandato. Há quem diga que RC monitorou todos os lances da confraternização peemedebista, inclusive se o deputado Manoel Júnior vai mesmo assumir a vice-prefeitura.
A despeito do encontro de sucesso do pemedebê e das indefinições sobre a formação de chapa, é certo que a oposição deflagrou a campanha. Ou alguém ainda tem dúvidas? (com Marcone Ferreira)

Com registro de apenas uma chapa o vereador Marcos Vinícius será eleito neste domingo presidente da CMJP

O vereador Marcus Vinícius (PSDB) será eleito, neste domingo (1º), o presidente da Câmara Municipal de João Pessoa no biênio 2017/2019.  O vereador Durval Ferreira (PP), que desistiu de tentar a reeleição vai comandar a transição dos trabalhos da Casa, disse que houve apenas um registro  chapa. A eleição vai acontecer no próprio plenário da Casa após a sessão de posse, por volta das 15h do próximo domingo (1º) de 2017.
“Tenho certeza que o processo acontecerá na mais perfeita calma e será conduzido com o profissionalismo de sempre da equipe técnica e administrativa da Câmara. Desejo de coração que a nova Mesa consiga dar continuidade aos projetos que foram deixados e tenho certeza que a população de João Pessoa não será prejudicada. Meu foco agora é trabalhar em prol de João Pessoa”, afirma Durval Ferreira.

Trâmites eleitorais

Após a posse dos 27 vereadores eleitos para a 17ª Legislatura, a sessão solene de posse será suspensa para abrir uma extraordinária para a realização do rito da eleição da Mesa Diretora. O voto dos parlamentares será nominal. Na ocasião são votados os seis cargos da Mesa Diretora que são, presidente, 1º e 2º vice-presidentes, 1º, 2º e 3º secretários.

terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Eunício duela com Renan para fazer de Lira novo líder do PMDB no Senado

O senador Eunício de Oliveira, futuro candidato a presidência do Senado pelo PMDB, trava uma batalha interna no partido para emplacar o senador paraibano Raimundo Lira na liderança da legenda e tentar diminuir o poder do atual presidente, Renan Calheiros. A revelação dos bastidores é do Jornal O Globo, em reportagem da edição online. Segundo o Jornal, com a proximidade do fim da “era Renan Calheiros” no comando do Senado, a cúpula do PMDB deflagrou uma luta pela reacomodação de espaços na bancada.
As articulações têm envolvido o próprio presidente Michel Temer. O líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), reforçou a movimentação na bancada do partido para consolidar sua candidatura à sucessão de Renan e já negocia postos na Mesa do Senado com outros partidos, como o PT e o PSDB. Nos bastidores, Eunício e Renan têm divergido sobre a nova configuração da Casa: sem o poder de antes, Renan quer ser o novo líder ou presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado (CCJ), enquanto Eunício prefere fazer Lira o novo líder da bancada.
Raimundo Lira quer ser o líder do PMDB, cargo também cobiçado pelo senador Eduardo Braga (PMDB-AM). Mas Lira ganhou pontos como presidente da comissão de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. O nome do PSDB na chapa de Eunício deve ser o do líder Paulo Bauer (SC). Eunício conseguiu fazer uma dobradinha com Lira e disse a aliados que seu nome é “consenso na bancada”. A irritação de Eunício, segundo aliados, é que Renan ainda trabalha por uma candidatura de Romero Jucá (PMDB-RR) ao comando do Senado, num acordo que envolveria a próxima presidência da Casa, em 2018. O acerto seria em para daqui a dois anos, mas Eunício nem com isso quer se comprometer.

Aborto, descriminalização das drogas, ensino religioso e delações vão “agitar” STF em 2017

Dois anos após decidir abrir as primeiras investigações contra políticos acusados de receber propina desviada da Petrobras, o Supremo Tribunal Federal (STF) voltará a ser protagonista da Operação Lava Jato.
Em fevereiro, após o fim do recesso da Corte, o Supremo enfrentará a primeira decisão polêmica prevista para 2017, quando deverá homologar as delações premiadas de 77 executivos da empreiteira Odebrecht, que citam políticos de vários partidos. São mais 800 depoimentos que já estão em análise pelo relator, ministro Teori Zavascki.
Outras questões polêmicas como a autorização do aborto para mulheres infectadas pelo vírus Zika, a descriminalização do porte de drogas e a terceirização da atividade-fim das empresas privadas também devem ser julgadas ano que vem.

Dilma se diz perplexa com decisão de ministro paraibano do TSE, relator da ação que pede a cassação da chapa Dilma-Temer

Em nota à imprensa, a defesa da ex-presidente Dilma Rousseff afirmou, nesta terça-feira (27), que "causa perplexidade" a decisão judicial do ministro paraibano Herman Benjamin que determinou busca nas gráficas que atuaram na campanha presidencial de 2014. O documento assinado pelo advogado Flávio Caetano diz que " gera indignação que tal decisão permita que sejam colhidos depoimentos pelo juiz auxiliar sem o indispensável acompanhamento pelo advogados das partes, e que também seja produzida prova pericial sem o acompanhamento pelos respectivos assistentes técnicos".
"Assim como a atuação da defesa de Dilma Rousseff foi fundamental para demonstrar o falso testemunho à Justiça Eleitoral praticado pelo Sr. Otávio Azevedo, deve-se assegurar o respeito ao contraditório e ampla defesa para que, uma vez mais, seja demonstrada a regularidade das despesas realizadas pela chapa Dilma-Temer em relação às empresas periciadas. A defesa de Dilma Rousseff renova seu pleno respeito aos princípios de Estado Democrático de Direito e confia que a Justiça Eleitoral, novamente, reconhecerá a absoluta regularidade das despesas contratadas pela chapa Dilma-Temer", reforça.

Em café da manhã com a imprensa, Cássio faz balanço de atividades parlamentares e elenca nomes para governo em 2018...

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O senador Cássio Cunha Lima (PSDB) elencou durante um café da manhã com a imprensa, nesta terça-feira (27), nomes que ‘a Frente das Oposições’ tem como alternativas para disputar o Governo da Paraíba em 2018. O tucano visa atrair o nome do senador Raimundo Lira (PMDB), que eventualmente ficou de fora da Frente das Oposições, para fortalecer o grupo.
Além de citar o nome de Lira como alternativa para a disputa em 2018, que segundo Cássio, ainda precisa fazer mais gestos com a frente da oposição. O senador tucano, também elencou o nome do senador José Maranhão (PMDB), do prefeito de João Pessoa Luciano Cartaxo (PSD), do prefeito de Campina Grande Romero Rodrigues (PSDB), dos deputados Rômulo Gouveia e Aguinaldo Ribeiro. 
Para Cássio, as lideranças da Frente das Oposições tem maturidade suficiente para entender a importância da unidade e fugirem das tentativas dos governistas em desfazer a composição que foi vitoriosa em João Pessoa. Ele ainda reconheceu o peso político do PMDB atribuindo ao peemedebistas a vitória do governador Ricardo Coutinho em 2014. 
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“A eleição municipal nos deixou um grande exemplo, formamos uma frente de oposição, que venceu em 8 das 10 maiores cidades. A Frente das Oposições estará a partir do dia 1º de janeiro governando 72% da população do estado. E queremos agora preservar a unidade dessas oposições, não colocar nenhum projeto politico pessoal acima de qualquer projeto de caráter coletivo, procurar ampliar essa frente e consolidá-la, e no tempo próprio em 2018 definir o nome”, declarou. 
O senador ainda reconheceu o peso político do PMDB atribuindo ao peemedebistas a vitória do governador Ricardo Coutinho em 2014. “O PMDB foi decisivo no resultado final da eleição. Nós vencemos no primeiro turno e só no segundo turno, a presença do PMDB em apoio a Ricardo Coutinho foi decisivo pra vitória dele”, declarou.
Ainda durante a entrevista, o Cássio fez um balanço das suas atividades parlamentares, avaliou o cenário político e falou das perspectivas para as próximas eleições estaduais.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Conheça a Capitã Carla Borges, primeira mulher a pilotar o avião presidencial...

Capitã da Força Aérea Brasileira, Carla Borges, 33, tornou-se a primeira mulher a pilotar o avião presidencial.Estreou na nova função na última quinta-feira (22), comandando o voo que levou Michel Temer a São Paulo. Carla concluiu seu treinamento em tempo para transportar Dilma Rousseff. Mas a primeira mulher a pilotar o país caiu sete meses antes.
À frente de um governo que sacoleja em meio a turbulências provocadas pela crise econômica e pela Lava Jato, Temer disse ter prazer em viajar numa aeronave pilotada pela capitã Carla —“com segurança absoluta”, ele acentua.
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Governo tirará economia da UTI? ‘Tudo dependerá da política’, escreveu FHC.

Em artigo veiculado na edição mais recente de Veja, Fernando Henrique Cardoso analisa as perspectivas para 2017 no mundo e no Brasil. Deu ao artigo um título sintomático: “Futuro Escorregadio”. Em relação ao resto do mundo, escreveu que o ordem mundial estará de tão modo conturbada que o mais adequado seria “qualificá-la como desordem mundial.” Sobre o Brasil, o grão-tucano espargiu no texto mais interrogações do que certezas. Condicionou a recuperação da economia à evolução da política. Tomado pelo texto, FHC não parece otimista.
Anotou: “Que fará o Brasil com a herança dubitativa do ano que termina? 2016 mostrou quanto erramos nos anos anteriores. A profunda crise fiscal, a continuidade da estagnação econômica e as altas taxas de desemprego a que chegamos —frutos dos desatinos dos governos petistas— desenham um quadro de enfermidade que requer UTI. O governo de transição que ora nos rege diagnosticou os males e está tentando um tratamento para retirar a economia da UTI. Conseguiremos?”
Prosseguiu: “Tudo dependerá de quanto avançarmos na área política. O país começa a perceber que a ‘economia do conhecimento’, baseada nas novas tecnologias, cria também uma sociedade interconectada. As novas mídias (para o bem, mas também para o risco) põem em xeque a democracia representativa: os partidos já não ‘representam’ eficientemente a população, e são objeto, junto com o Congresso, de crítica e descrédito crescentes. A nova sociedade criou canais de inter-relação imediata. Para essa inter-relação, que se faz e desfaz, importam mais as ‘causas’ do que os partidos. Nunca circulou tanta informação, mas a maior parte dela carece de averiguação, pois não há curadoria na web.”
FHC enfileirou mais interrogações: “Seremos capazes de inovar politicamente, enfrentando alguns itens da chamada ‘reforma política’? Compreenderemos que ademais precisamos alterar formas de conduta e rever valores? As mudanças culturais demandam tempo, embora haja gestos urgentes para iluminar o caminho do futuro. Nossas lideranças serão capazes de fazê-los? Espero que sim.”
A despeito de tudo, FHC consegue enxergar algo de positivo na conjuntura: “…Fortalecemos as instituições democráticas. Há trinta anos, diante do desmantelamento socieconômico e político em que nos encontramos, estaríamos balbuciando o nome de generias que ‘poriam ordem nas coisas’; hoje não os conhecemos e, em compensação, sabemos de cor o nome dos ministros do Supremo Tribunal Federal e de alguns juízes mais ativos de outras cortes. Um tremendo passo adiante.”
No último parágrafo de seu artigo, FHC escreveu o que espera do futuro escorregadio: “Desejo que em 2017 o governo tenha uma visão estratégica para melhor situar o país no tabuleiro internacional, que as pessoas saibam se posicionar diante dos desafios presentes e revigorem a autoestima. Precisamos voltar a crer em nós próprios, não pretendendo ser mais do que somos, mas não caindo no desânimo. Custou muito construir uma nação com 205 milhões de pessoas. Para mantê-la e expandi-la, precisamos revigorar a crença em alguns valores e ampliar os laços de coesão social. As diferenças entre pessoas e grupos devem ser legitimadas. Mas é importante conviver e dialogar, reconhecer quando erramos, aceitar a diversidade e dar a volta por cima em nome do interesse comum. São meus desejos para 2017.” (com Josias de Souza)