Até então integrante do tripé que sustentou Bolsonaro no poder, junto com o PP e o PL, o Republicanos aderiu agora ao MDB, PSD, Podemos e PSC formando a maior força política da Casa, que juntas detém seis ministério no Governo Lula. A movimentação tem reflexos não só no dia a dia das votações no Congresso, como também na montagem da base de Lula e na sucessão de Lira em fevereiro de 2025.
Arthur Lira até uma foto em suas redes sociais com líderes dos partidos e parabenizando a formação do bloco, dizendo que é salutar para a democracia. A união do Republicanos com os governistas PSD, MDB, Podemos e PSC, em verdade, teve como objetivo formal fazer frente às articulações de Lira que pretendia formar uma federação entre PP e União Brasil, chegando a 108 deputados, o que acabou não ocorrendo e sepultada semana passada.
Há poucos dias o presidente nacional do Republicanos, deputado federal e bispo da igreja Universal, Marcos Pereira (SP) afirmava em entrevista na Folha de S. Paulo que inexistia possibilidade de a legenda passar a integrar a base de apoio ao governo Lula. Na edição deste domingo (9), 'O Globo' noticiou que o Republicanos tem se aproximado do governo Lula, ao mesmo tempo em que tem se distanciado das siglas com as quais caminhou nos últimos quatros anos: PP e PL.
O líder do partido na Câmara Federal, Hugo Motta, está negociando postos no governo. Ele pleiteia a indicação de um 'afilhado' político para o comando da superintendência da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba (Codevasp) na Paraíba - cargo ainda a ser criado. "Essa postura de independência nos dá tranquilidade para dialogar com o governo em algumas pautas, como o arcabouço fiscal. Ninguém é irresponsável de ficar contra. Está no estatuto do partido a responsabilidade com as contas públicas", argumentou Hugo Motta em entrevista ao jornal.
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