quinta-feira, 15 de novembro de 2018

Preocupado com orçamento apertado, presidente eleito do TJPB vai buscar diálogo com João Azevêdo

O desembargador Márcio Murilo da Cunha Ramos, eleito no Tribunal de Justiça da Paraíba para presidir o Judiciário no próximo biênio de 2019-2020, mostrou-se preocupado com o orçamento apertado. Em entrevista nesta quarta-feira (14), logo após sua eleição, Márcio Murilo afirmou que pretende buscar o diálogo com o governador eleito João Azevêdo.
A primeira meta que Márcio Murilo pretende cumprir “é pagar as contas, porque as contas não estão fechando”. O desembargador ressaltou ainda que vai buscar fazer o enxugar a máquina para ajustar as contas. No entanto, ele ainda não explicou o que será cortado. “Não há dinheiro. A meta é tentar uma fórmula de enxugamento da máquina administrativa, diálogo com o governador eleito João Azevedo. Quero ter um amistoso contato com ele, dentro da harmonia entre os poderes e ouvir. Temos que ouvir sempre”, antecipou.
Já a segunda meta de Márcio Murilo se refere ao setor de informática. “Se eu tivesse dinheiro, eu iria resolver o problema do judiciário que é digitalizando todos os processos físicos”, destacou o desembargador. Ele falou ainda que já existe uma equipe trabalhando nesta digitalização, com custos operacionais de R$ 80 mil por mês. No entanto, para concluir esse processo em dois anos, seria necessário quadruplicar a equipe. Márcio Murilo estipula que esse acréscimo na equipe “dá por ano mais R$ 4 milhões pra gente conseguir digitalizar. E seria uma solução mesmo porque não haveria mais servidor, fila em cartório, carimbo, numeração de folhas, nada. Mas onde é que eu vou arrumar mais 4 milhões para fazer isso?”.
O desembargador Joás de Brito Pereira, que preside atualmente o Tribunal de Justiça da Paraíba declarou que já começa a trabalhar na transição entre as gestões. “O desembargador Márcio Murilo conhece esse tribunal, já foi corregedor de justiça, tem uma experiência muito grande e tenho certeza que irá brilhar a frente do gestão do Tribunal de Justiça da Paraíba”, considerou.

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