Mais um reflexo da política econômica do governo Bolsonaro e seu ministro Paulo Guedes. No primeiro trimestre de 2020, os ativos totais dos cinco maiores bancos do país – Itaú, Banco do Brasil, Bradesco, Caixa e Santander – somaram R$ 7,36 trilhões e superaram pela primeira vez o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, que foi de R$ 7,3 trilhões em 2019, segundo dados do IBGE.
O resultado foi impulsionado pelas medidas adotadas pelo Banco Central para garantir o crédito durante a pandemia causada pelo coronavírus. Porém, a maior parte dos recursos liberados continua no cofre dos bancos, que aumentaram os juros e endureceram as regras para os empréstimos, concedidos, em sua maioria, às grandes empresas.
Outra atitude dos bancos foi ampliar as provisões para devedores duvidosos (PDD), o que aumentou o caixa das instituições, mesmo que os índices de inadimplência não justifiquem a medida neste momento. As reservas dos bancos com as PDD cresceram 45% no primeiro trimestre e ultrapassaram os R$ 30 bilhões.
Com isso, os cinco maiores bancos têm em suas mãos recursos equivalentes a toda economia brasileira em um ano. Um absurdo que consolida o Brasil como o país dos banqueiros.
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