domingo, 19 de novembro de 2023

Vencedor em todas urnas da Capital em 2022, Sergio Queiroz pode ser a surpresa em 2024; números de pesquisas internas mostram ele a frente de Ruy e Nilvan e empatado com Cicero

Vale muito registrar trechos da análise acertada do jornalista Junior Gurgel sobre o fator surpresa "Sérgio Queiroz" que pode sacudir a sucessão municipal na Capital. Confira:

O pastir Sérgio Queiroz foi a grande surpresa das eleições de 2022. Não foi outsider. Era avaliado pela mídia como “neófito”, perdido no mundo político/eleitoral, que exibia apenas a ousadia e coragem de ser candidato ao Senado Federal. Sua legenda? o nanico PRTB. Enfrentou “gigantes Golias”, estruturas e “máquinas” como o PT, Governo do Estado, PMJP e o poderoso União Brasil, apoiado pelo clã Cunha Lima. Submeteu todos a uma acachapante derrota em João Pessoa.

As urnas o revelaram como o primeiro, na preferência dos eleitores pessoenses, conferindo-lhes 106.885 sufrágios, ou 28,02% dos votos válidos. Para que se tenha noção de sua expressiva vitória, basta observar o pleito municipal de 2020. Cícero Lucena alcançou o segundo turno com apenas 20,72% (75.610). Nilvan Ferreira com 16,61 (60.615); Ruy Carneiro que disputou voto a voto com Nilvan, 59.730, ou 885 sufrágios a menos. Wallber Virgolino 50.801 (13,92%); Edilma Freire 47.157 (12,93%); Ricardo Coutinho 38.969 (10,68%); Raoni 15.582 (4,57%)… Os demais (oito) candidatos totalizaram cerca de 29 mil votos.

Numa leitura mais profunda, com foco na busca de identificar o perfil ideológico do eleitor pessoense, constata-se que a grande maioria, desde 2020, se posiciona como Centro, Centro Direita e Direita. João Pessoa não é mais o reduto onde outrora predominaram as esquerdas. Cícero Lucena, Nilvan Ferreira, Ruy Carneiro, Wallber Virgolino e Raoni jamais foram militantes das esquerdas. Juntos (2020) somaram 71,92%. Os “socialistas” da Capital ficaram espremidos no diminuto espaço de 28,8%.

O resultado do primeiro turno para o Governo do Estado (2022) repetiu o fenômeno. João Azevedo, com a máquina do Estado e da PMJP (apoio de Cícero Lucena), conseguiu 29,20% do total de votos da Capital. Nilvan 31,10%, Pedro Cunha Lima 26,50%. No segundo turno, pela primeira vez na história, um filho de Campina Grande derrotou um nativo de João Pessoa, em seu próprio território: 58,11 (Pedro), João 41,89. O governador foi “afogado”, por ter mergulhado fundo como “prosélito” das esquerdas.

Sérgio Queiroz não figurou ainda em nenhuma pesquisa de intenção de votos, registrada e publicada pela mídia. Impossível os atuais pré-candidatos desconhecerem seu potencial. Em amostragens realizadas, para consumo interno – nortear legendas – quando inserem seu nome, ele aparece à frente de Rui e Nilvan, colado em Cícero Lucena. O ex-ministro Marcelo Queiroga não chega a 4%. Para o prefeito, candidato à reeleição, a fragmentação é sua maior aliada. A cidade está totalmente dividida em “bolhas”. O único capaz de furar todas e dividi-las é Sérgio Queiroz com seu legado de 2022. Foram 106.885 votos, oriundos da orla, bairros periféricos… Até nas favelas.

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