Cinco procuradores já apresentaram candidatura para participar da disputa pela chefia da Procuradoria Geral da República, entre eles o paraibano Eitel Santiago, que se inscreveu nesta segunda-feira (22). Eitel já foi corregedor geral do Ministério Público Federal, entre 2005 e 2006. Ele é pai do vereador Lucas de Brito, vice-presidente Câmara de João Pessoa.
O atual mandato do chefe do Ministério Público Federal termina em setembro e, se quiser, Janot, no segundo mandato, está apto a concorrer novamente. As inscrições vão até esta quarta (24) e a eleição será organizada pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR).
Até o início da noite desta segunda-feira, além de Eitel, os candidatos inscritos eram Nicolao Dino, vice-procurador-geral Eleitoral, que atua em nome do Ministério Público no Tribunal Superior eleitoral (TSE); Mario Bonsaglia, que já concorreu na última disputa e recebeu 462 votos, ficando em segundo lugar (à época, Janot recebeu 799 votos); Carlos Frederico, principal opositor de Janot na última eleição e ficou de fora da lista tríplice; Franklin Rodrigues da Costa, também subprocurador da República. Pelas regras atuais, não há impedimento legal para Janot concorrer a um terceiro mandato.
Internamente, procuradores entendem que a segunda recondução seria a melhor solução diante do número de investigações em andamento relacionadas principalmente à Lava Jato, incluindo uma sobre o presidente Michel Temer. "Janot tem toda a legitimidade para decidir e ele tem todo o direito de decidir até o último momento", afirmou ao jornalista Matheus Leitão o presidente da ANPR, José Robalinho Cavalcanti.
Há previsão da realização de seis debates entre os candidatos à lista tríplice. A eleição está prevista para junho. O mais votado entre os 1,2 mil procuradores encabeçará a lista tríplice enviada ao presidente da República. Desde o governo do ex-presidente Lula, o primeiro colocado da lista tem sido escolhido para liderar o Ministério Público Federal.
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