domingo, 28 de abril de 2019

Bem posicionada a turma do "centro" pode embaralhar xadrez político de 2020 em Itaporanga, pois é de lá que os "reis" precisam tirar apoio pra vencer o jogo

Nas coxias da política, nos bastidores e jantares, o foco é arrumar a casa, sentir as ruas e planejar a sucessão municipal sem tirar o olho das aproximações, conchavos, e dança das cadeiras. Vereadores, por exemplo, aguardam ansiosos janela para trocar de partidos. Entre fervilhantes articulações, a escolha de parceiro é fundamental para o sucesso no pleito de 2020.
E os grupos tem feito isto, alguns de forma discreta, outros nem tanto. Como no xadrez, políticos hábeis planejam xeque-mate com jogadas de antecedência. Em Itaporanga as peças do xadrez político de 2020 começam a ser movimentadas, mas ainda sem muita definição de quem vai ser apenas peão ou de quem terá o poder de dama (rainha), capaz de se movimentar para todos os lados - nas colunas, fileiras e diagonal. 
Desde 2016 quando um empresário virou prefeito, devido o vácuo de nomes e o cansaço do povo em votar nos mesmos (décadas seguidas), Itaporanga vive uma mudança de ciclo (poder). Independente de situações, que só o tempo nos dará respostas, surgem nomes que podem corresponder ao que o eleitor espera dos próximos candidatos: ficha limpa, que "saiba administrar", que seja honesto, que zele pelo bem público e pela execução dos serviços e que "faça o que precisa ser feito".

Três Referências e a Polarização Prefeito X Anti-Prefeito

Três referências tendem a protagonizar a disputa: prefeito Divaldo (sem partido), lidera uma ala da situação; o ex-prefeito Audiberg (PSB), líder maior e nome do governo estadual; e ex-prefeito Djaci (PP), lidera parte da oposição. Precisam de apoios pra ganhar e podem enfrentar surpresas (coalizão de centro). A eleição do alcaide (2016) foi resultado de um produto de marketing "prospectado" por Ricardo Coutinho, "avalizado" no empresariado por Herculano (rompido), "potencializado" com voto por Berguim e passado como "novidade" ao consumidor (o povo) que agora (2020) fará seu plebiscito.
Sem Berguim e Djaci (corteja), o alcaide só se viabiliza com fato novo (coalizão de centro) seguindo tendência. A aposta de RC no Clã Feliciano resultou na derrota de velhas raposas (Cássio e Maranhão, e Cartaxo's). Esse cenário pode acontecer em Itaporanga se as peças forem bem posicionadas. Cada eleição é uma eleição.

Djaci e Berguim, o recall que pode acontecer em conjunto

Com quatro derrotas seguidas (campanhas municipal e estadual de 2012 pra cá), Djaci não tem mais margem pra cometer erros como ir postergando (levando com a barriga) definição se concorre ou apoia um nome novo (que seria mais viável). Com uma bagagem de três décadas sendo candidato, apesar de ser querido (como ser humano) o cansaço abateu o eleitor (que se renova a cada eleição). E o eleitor jovem e novo (torno de 2.000 votos) não se preocupa, não dá a mínima, não está nem aí pra bagagem do político.. É um eleitor volátil. Um fator preocupante. Por isso, se faz necessário rever conceitos e estar antenado com a mudança dos tempos. Se você não muda renovando quadros é engolido pela renovação imposta pelo eleitor. Como vem acontecendo.
Berguim não tem muito do que se preocupar porque domina a maior parte do "espólio" na estrutura do estado na cidade e tem metade da prefeitura lhe seguindo, mesmo em cargos e postos chaves da gestão do prefeito que tende a ser adversário. Até lá (a eleição) segue um exímio jogador. Como se diz: "joga parado". Mas preparando o terreno pra entrada em campo do time no momento certo. Pode ficar como estar ou surpreender com aliança (com Djaci ou com uma coalizão de centro) e a escolha do(a) candidato(a). Há preocupações no âmbito do TCE, mas que ele vem acompanhando milimetricamente para não ser surpreendido.

O Surgimento de uma Coalizão dentre os nomes que decide a eleição

A real dimensão da sucessão municipal pode ser lida diante da coragem e ousadia de se inserir com protagonismo. Se as demais peças do xadrez souberem se posicionar tendem a causar um desequilíbrio entre forças, deixando os "reis" cercados. Isso quebraria a "gangorra", ou melhor "o pote". A eleição do próximo prefeito em 2020 passa pela movimentação que a turma do "centro" fará no tabuleiro, em aliança com um dos "reis" ou num projeto próprio (porém, necessário ser robusto).
Gente como: o vice-prefeito Herculano, Lula da Farmácia, o vereador Neném de Adailton, o vereador Hélio do Bar, o GI (de Neto Ferreira, Ricardo Pereira, Zé Armando), o ex-vereador Ricardo Pinto, a ex-diretora do H.D.I Wilka Rodrigues (em conversações avançadas com o GI), o construtor Arlington Queiroz (também em diálogo com o GI), Andreia Jorge, vereador Márcio Rodão, dentre outros. Claro que nem todos teriam essa ousadia, devido interesses variados, mas a história serve para registrar os grandes feitos.
Dessa turma pode sair um projeto político para disputar de igual pra igual com quem quer que seja. Em política tudo é possível. É dela que os três "reis" precisam tirar apoio pra entrar na disputa. O vereador Hélio do Bar, por exemplo, é um nome a ser levado em consideração pela potencialidade que agrega valor. Neném de Adailton já tentou (em 2016) se inserir no jogo, mas acabou recuando. Herculano é uma peça importante sempre preparada pra vitaminar qualquer projeto.
O Grupo Independe de Renovação (GI), liderado pelo advogado Neto Ferreira e o jornalista Ricardo Pereira, tem como marca a coragem e ousadia. Disto ninguém duvida. E, por isso, tem consolidado seus quadros e recebido o ingresso de gente nova e boa para cerrar fileiras em 2020. Neto Ferreira, por exemplo, é quadro qualificado para figurar em qualquer projeto sucessório. Ex-sargento do Exército, professor, empreendedor e operador do direito com larga experiência.
Dentre as recentes adesões que o grupo recebeu registramos a do jovem Zé Armando, neto do ex-prefeito Will Rodrigues. Wilka também é um excelente nome para qualquer projeto. Outro quadro qualificado é o ex-vereador Ricardo Pinto, ligado a Djaci, tem aberto diálogo com o grupo que dependendo das circunstâncias futuras, pode ser o seu destino. Arlington Queiroz é outro valioso quadro. O GI vem dialogando muito, entretanto, mantido nos bastidores por enquanto para o sucesso das articulações. O grupo vai formar um bom projeto pra eleger novos vereadores, aumentando o número de cadeiras conquistas em 2016 (duas, com Judivan Custódio e Romildo do Leite) e fará uma defesa dessa coalizão.
Por mais incrível que possa parecer, no fim do túnel e no mais escuro abismo em que chegou a nossa "política", surgem luzes e pessoas com esse perfil que estamos esperando. Todos os nomes têm seus valores e decisões ocorrerão no momento certo. Do GI o que pode-se esperar é coragem e ousadia, que continua sendo uma marca do grupo. Que ninguém subestime esse grupo e muita coisa pode acontecer surpreendendo muita gente.

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