quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

Lira e Maranhão estão apenas blefando...

A disputa interna no PMDB teve novo capitulo nos últimos dias com a Juventude do partido lançando o nome do senador José Maranhão, como pré-candidato a governador em 2018. Olha só que contradição, que pensei que a Juventude de um partido existisse para fomentar a renovação. O fato é uma reação a investida do senador Raimundo Lira, que arregimentou entorno de si, quase uma dezena de parlamentares federais e estaduais, e ensaia uma candidatura ao governo com apoio do governador Ricardo Coutinho.
Não se enganem, nem Lira, nem Maranhão querem ser candidatos a governador em 2018. Estão literalmente blefando. Cada um com seus motivos.
Lira tem a necessidade de se manter na mídia, uma vez que herdou o mandato de senador com a ascensão de Vitalzinho ao TCU, mas antes disso passou 20 anos afastado física e politicamente da Paraíba. Ao assumir o mandato, vem desempenhando um excelente mandato, mas lhe falta liga popular. Por isso, o enfrentamento com Maranhão lhe garante manchetes e perspectiva. É mais ou menos assim: ensaia uma candidatura a governador, ganha destaque, mídia e lá na frente, pode compor com qualquer candidato a governador (já que o PMDB tá esse samba do criolo doido, pode se aliar a qualquer um) e disputar a reeleição.
Já Maranhão, vê sua hegemonia no partido ameaçada por um senador igualmente a ele, que ganhou grande reconhecimento e respeito no cenário nacional e junto ao presidente Michel Temer, mas ainda é a maior liderança peemedebista do estado e o maior carreador de votos, embora neste cenário esteja um pouco enfraquecido politicamente, já que que perdeu o apoio de praticamente todas a lideranças políticas da legenda.
A saída é lançar seu nome a governador. Se a “desculpa” é fortalecer o partido, nada melhor que uma candidatura própria competitiva e por incrível que pareça, o senador José Maranhão ainda é o nome mais forte do partido neste aspecto. Embora tenha demonstrado nas últimas disputas para o Executivo que é excelente na saída, mas nem tão bom de chegada, já que perdeu as eleições de 2006, 2010 e 2012.
Enfim, numa atividade onde o que mais se faz é blefar e mentir, os dois não estão fazendo “nada” demais. (Marcos Wéric)

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