A permanência do deputado federal Gervásio Maia na presidência do PSB da Paraíba dá sinais de se transformar em conflito bélico. E os fatos estão saindo dos bastidores e indo para luz do dia, alternando diretas e indiretas entre a base do governador João Azevedo, maior nome do partido na Paraíba, e o deputado, que é líder do PSB na Câmara.
A última indireta partiu de Gervásio Maia. De tanto receber diretas críticas de figuras próximas a João após ter sinalizado apoio do PSB ao prefeito Emerson Panta em Santa Rita, apareceu ontem nas redes sociais posando com sorriso largo em fotos ao lado do presidente nacional do partido, Carlos Siqueira, tratando de “aprimorar estratégias conjuntas para promover o avanço do PSB na Paraíba”.
Na tradução, algo como “não mexam comigo porque sou deputado federal e tenho aval da Direção Nacional, visto que todo partido valoriza mais votos no Congresso do que lideranças estaduais”.
Mas o governador João também parece ter suas armas. Tem o trunfo, numa necessidade de medida mais extrema, de poder esvaziar o PSB, invibializando a legenda nas disputas de 2026, especialmente, incluindo montagem de chapa para o Congresso Nacional.
O PSB já viveu isso em crise recente entre João Azevedo e Ricardo Coutinho. E o PSB diminuiu.
O fato é que este cenário atual começa a ficar insustentável. Gervásio tem direito ao mandato até maio de 2024. O governador tem maioria no diretório estadual do partido. Nos bastidores, o deputado é acusado de só agir em causa própria, recebendo críticas de deputados e prefeitos aliados.
Gervásio se defende apontando que todo movimento que fez é compartilhado e tem o aval das lideranças da legenda. Mas não larga o osso, apesar de ser perguntando por que não passa a presidência do PSB para o governador do Estado.
Enquanto a imprensa tenta descobrir se Gervásio é a vítima ou é o sabido neste conflito, o clima de tensão cresce na faixa socialista. (Luís Tôrres)
Nenhum comentário:
Postar um comentário