Durante o julgamento, a Justiça entendeu que cabearia ao Poder Judiciário da Paraiba analisar a possibilidade de prisão domiciliar, como busca a defesa, não o judiciário pernambucano. Com isso, Cunha Lima seguirá detido no Centro de Observação Criminológica e Triagem (Cotel), em Abreu e Lima, no Grande Recife.
Após o plantão judiciário, a comunicação da manutenção da prisão será enviada ao Juízo Natural da Paraíba por meio de malote digital, para as providências cabíveis no andamento do processo. A expectativa é de que Fernando Cunha Lima seja transferido ainda neste sábado para João Pessoa, onde ficará novamente à disposição do judiciário paraibano.
Ontem, ao ser preso depois de quatros meses foragido, o médico pediatra desdenhou e disse que só ficaria dois dias preso. Ele nega as acusações, chamando as vítimas e familiares de “mentirosos”. Com a decisão deste sábado, o processo deve ser remetido novamente à Paraíba. Ainda não se sabe se ele será, novamente, deslocado para João Pessoa, como busca a Polícia Civil, ou se manterá em Pernambuco.
Polícia detalha prisão
A captura do médico pediatra Fernando Cunha Lima, acusado de estupro e foragido da Justiça, foi resultado de um trabalho intenso de meses de investigação, mesmo com toda a rede de apoio montada por familiares e amigos para evitar a prisão. A declaração é do delegado Rafael Bianchi, da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco), que detalhou durante coletiva de imprensa nesta sexta-feira (7) o passo a passo feito pelo médico nos últimos meses.
“Nos últimos 15 dias, recebemos informações que nos levaram até a concretização dessa prisão. Ele estava em um imóvel locado exclusivamente para ele, junto da esposa, em um bairro de classe média, em Paulista, na Grande Recife. No primeiro momento, em novembro, identificamos que ele estava na casa da filha dele, na Casa Forte, em Recife, mas ele conseguiu fugir”, relatou Bianchi.
De acordo com o delegado, após se esconder na casa da filha em Recife, Cunha Lima mudou-se para a cidade de Paulista, onde permaneceu escondido por meses no local. Durante esse período, ele contou com o apoio de outros familiares próximos e de terceiros para manter-se foragido.
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