Mais de 300 prestadores de serviço da Secretaria de Estado da Cidadania e Administração Penitenciária da Paraíba (Secap) vão ser afastados a partir de 1º de agosto dos seus cargos. Segundo o presidente do Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária e Servidores do Estado da Paraíba (Sasps), Williams Rodrigues, ao todo são 348 prestadores de serviço, sendo que 331 atuavam como agentes penitenciários.
Williams explicou que um ofício elaborado pelos agentes concursados, datado de 30 de junho, pedia a substituição dos trabalhadores antigos pelos novos agentes, ou seja, a exoneração dos prestadores de serviço. A assessoria da Secap não confirmou a quantidade de trabalhadores que vão ser exonerados, mas garantiu que eles vão receber os dias trabalhados em julho normalmente, em folha, e que realmente vão ser afastados no próximo mês.
O presidente de outra entidade que representa os agentes, José de Paula Cavalcanti Júnior, disse que é contra a ação do governo. Júnior coordena o Sindicato dos Técnicos e Agentes Penitenciários da Paraíba (Sintapen) e garantiu que é a favor que os prestadores de serviços continuassem nos cargos. "Eles não atrapalham as nomeações dos demais agentes concursados porque o Estado precisa tanto deles quanto dos efetivos. A quantidade de trabalhadores ainda não é suficiente. Essa atitude vai desfalcar também os motoristas, porque a maioria é servidor temporário e os muitos dos concursados não tem a habilitação necessária para conduzir os veículos de emergência, que transportam mais de 10 pessoas, é preciso Carteira de Habilitação de pelo menos tipo D", declarou Júnior.
O presidente do Sindicato dos Servidores da pasta (Sindsecap), Manuel Leite, também considera a ação uma injustiça. "Muitos desses agentes 'levaram o sistema nas costas'. Quando não existiam agentes concursados eram eles que faziam a segurança dessas unidades", justificou Manuel Leite ao informar que alguns dos prestadores de serviço trabalhavam como agentes nos presídios há cerca de 20 anos. (com PB1)
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