quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Demissão de aliado cria crise no grupo de Tyrone e Lindolfo em Sousa; "Governador não ligou nem pra comunicar ao prefeito e ao deputado...", disse Dedé Veras.

A demissão do ex-vereador Francisco Veras Pinto - Dedé Veras (Pros) - do cargo de gerente regional da Cagepa na região de Sousa provou uma crise no grupo político do prefeito Fábio Tyrone (PSB) e do secretário estadual e deputado licenciado Lindolfo Pires (Pros). No lugar de Dedé foi nomeado o engenheiro Wallison Medeiros.
Dedé tem forte atuação política no município e emplacou a filha Bruna Veras (Pros) como segunda mais votada para a Câmara Municipal de Sousa nas eleições de 2016. O marido dela, Marcos Pires já havia sido demitido da direção do Hemonúcleo local. O motivo das demissões seria porque Dedé é cunhado do prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PSD) em quem vai votar pra governador ano que vem. 
Em conversa com o jornalista Pereira Júnior, do portal reporterpb, Dedé Veras estranhou a maneira como foi lhe comunicada a exoneração, fato esse que ele classifica como “retaliação partidária”, embora apoie a gestão do prefeito de Sousa. Dedé informou que recebeu um telefonema de Tyrone, que tentou intervir junto a Ricardo Coutinho, mas teria recebido uma negativa devido ao parentesco com Cartaxo.
“Dedé infelizmente a decisão do governador é irreversível e não podemos fazer nada. Só posso tentar ajudá-lo na prefeitura”, teria dito o prefeito no telefonema. O ex-vereador ainda informou que a sua exoneração revela um grupo situacionista fragilizado em Sousa, não por sua demissão, mas porque sua substituição não foi uma indicação do grupo de Fábio Tyrone. “O ruim é que Ricardo Coutinho não deixou ninguém que é de Sousa. O cabra nomeado para o meu lugar é de fora”, lamentou. Veras ainda disse que a decisão da sua exoneração feita pelo governador não foi comunicada oficialmente nem a Tyrone, nem ao deputado Lindolfo Pires, muito menos ao ex-prefeito João Estrela, que souberem da notícia pelo Diário Oficial do Estado.
“Eu sai do cargo 14h da sexta. O governador tinha ligado para Fábio dizendo desta posição que ele teria tomado devido essa possibilidade de eu votar em Luciano. Tyrone ainda quis demover o governador da ideia, mas não foi possível. O homem é um rei”, sentenciou. Sobre a posição de sua filha Bruna Veras após o episódio, Dedé Veras afirmou que sua família não é daquela de sair “atirando” para todos os lados.
“Ela está chateada é claro, mas vai atuar da mesma forma independente na Câmara. Não vai ser a partir de hoje que o mundo vai se acabar. O governador já me botou em uma situação de oposição. Ele quem escolheu. O grupo não fez muita coisa ou não tem forças para fazer”, desabafou Dedé.

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