A reunião com Bolsonaro foi promovida pelo ex-ministro da Casa Civil no governo Bolsonaro, o senador Ciro Nogueira (PP-PI) que tem amizade próxima com Motta. Já o encontro com Lula foi mediado pelo presidente nacional do Republicanos, deputado Marcos Pereira (SP), que desistiu de concorrer ao comando da Câmara. A desistência da disputa, segundo Pereira, foi uma escolha “pragmática”.
“Ambos [Lula e Bolsonaro] tiveram excelente receptividade ao nome do Hugo, à pessoa do Hugo. Eu acho que ele sai um pouquinho na frente, mas a gente precisa trabalhar muito [na candidatura]”, afirmou Marcos Pereiras em entrevista à CNN. Motta não estava entre os principais candidatos para substituir Arthur Lira (PP-AL), mas correu por fora e despontou como um nome forte nos últimos dias. Na semana passada, o deputado acompanhou Lula em uma viagem à Paraíba.
Hugo Motta é visto como um nome de consenso, que agrada o governo e também Lira. Ainda estão na disputa os deputados Elmar Nascimento (União-BA) e Antonio Brito (PSD-BA).
O PT já havia acenado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disposição em apoiar o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) para a sucessão na Câmara. Segundo relatos feitos à CNN, antes de dar respaldo ao nome de Motta, Lula telefonou para a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann.
O presidente questionou a dirigente nacional se Motta teria o apoio da bancada federal da sigla. Na ligação, Lula recebeu sinalização de Gleisi de que a candidatura não enfrentaria nenhuma resistência. O próprio líder do PT na Câmara, Odair Cunha (MG), participou do processo de desistência do presidente nacional do Republicanos, Marcos Pereira (SP).
Em uma união improvável, os líderes do PT e do PL se reuniram em mais de uma oportunidade com Marcos Pereira para tentar chegar a um consenso. Nem o PT nem o PL têm simpatia pela candidatura do líder do União Brasil, Elmar Nascimento (BA), e deram sinalizações positivas sobre a candidatura de Motta.
O esforço agora, tanto do PT como do PL, é tentar convencer Elmar a desistir da candidatura, na tentativa de lançar um nome único. O movimento também tem sido feito sobre o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, que ainda insiste na candidatura do deputado federal Antônio Brito (PSD-BA).
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