A Justiça Paraibana determinou a quebra do sigilo bancário da Federação Paraibana de Futebol (FPF). O Ministério Público da Paraíba acusou o presidente da Federação, Amadeu Rodrigues, por supostos desvios de recursos da Federação, além de improbidade administrativa pela não prestação de contas da entidade, além do uso de notas fiscais que não teriam valor real. A magistrada exige que a entidade entregue os extratos bancários mensais referentes ao período englobado na gestão de Amadeu, de janeiro de 2015 até dezembro de 2017.
A decisão foi tomada no início do mês pela juíza Carla Mendes Nunes Galdino, da 4ª Vara de Justiça Criminal do Tribunal de Justiça da Paraíba, mas só foi divulgada nesta quarta-feira (28). O presidente da Federação alega não ter recebido nenhuma comunicação oficial sobre a investigação. "Isso não nos impede de colaborar. Segunda-feira vamos protocolar no Tribunal, pela manhã todos os extratos bancários de janeiro de 2015 a dezembro de 2017 conforme requisitado pela juíza, além de todas as documentações que forem exigidas. Não estou preocupado. Sei que a questão é mais política do que administrativa", declarou Amadeu Rodrigues.
A política envolvida na decisão da justiça estaria ligada a uma disputa de poder entre Amadeu Rodrigues e o vice-presidente da Federação, Nosman Barreiro, que protocolou uma medida cautelar para que Amadeu fosse afastado da presidência da Associação, além do sequestro de bens que o atual presidente teria conquistado graças aos negócios ilícitos que, supostamente, ele estaria realizando. "Tem eleições neste ano e a oposição tem visto que estamos lutando para melhorar cada vez mais o futebol paraibano. Minha administração é transparente e tem o apoio dos clubes. Se ele quer ser presidente, que ele consiga no voto", desabafou Amadeu.
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