Realmente muito grave a informação revelada ontem (30/09), na tribuna da Câmara Federal, pelo deputado federal Luiz Couto (PT) sobre um esquema criminoso arquitetado para matá-lo, juntamente com a ex-ouvidora de Polícia do Estado, Valdênia Paulino. O mais grave ainda é que, de acordo com a denúncia de Couto, o secretário estadual da Administração Penitenciária, o delegado da Polícia Federal Walber Virgulino [festejado auxiliar do Governo Ricardo Coutinho] estaria envolvido no esquema.
Luiz Couto afirmou que teve de suspender todos os seus compromissos neste fim de semana depois de ser informado que o serviço de inteligência da Secretaria da Segurança e Defesa Social da Paraíba detectou que dois pistoleiros alagoanos estariam em João pessoa para fazer as execuções do deputado e de Valdênia. Couto disse ter ficado surpreso quando desceu no aeroporto Castro Pinto, sexta-feira (27), e encontrou uma escolta de policiais militares, além dos agentes federais que já fazem a sua segurança, e que nesse momento foi informado pela Superintendência Regional da Polícia Federal para suspender todas as atividades públicas previstas para o final de semana.
Luiz Couto informou que os criminosos seriam contratados por R$ 500 mil e a transação desses valores teriam sido articuladas pelo ex-policial militar Luiz Quirino de Almeida Neto, expulso da PM paraibana em consequência das inúmeras denúncias feitas pela ouvidora Valdênia e por ele. "Quirino foi preso durante a operação Squadre", lembrou. O parlamentar afirmou ter denúncia de que parte do dinheiro - R$ 300 mil - teria sido transportado numa viatura da Secretaria de administração Penitenciária (Seap) conduzida por Dinamérico Cardim, agente penitenciário que supostamente fez o carregamento do dinheiro numa caminhonete do Grupo Penitenciário de Operações Especiais da Paraíba (Gpoe), pertencente à Seap.
Couto ressaltou que, de acordo com a mesma denúncia, Dinamérico Cardim possui em sua guarda um Fuzil IBEL calibre 762, customizado, com luneta de longo alcance, tripé metálico calibre 762. Acrescentou que o Gpoe é subordinado diretamente à pessoa do secretário Walber Virgulino, e que só ele poderia determinar a saída e o deslocamento deste grupo. Relatou, ainda, que tomou conhecimento de que no dia 13 de setembro último, durante lançamento da revista jurídica, ocorrida na casa de recepções Requinte, em João Pessoa, Walber Virgolino detratou o secretário de Segurança Pública, delegado Cláudio Lima, afirmando que o mesmo estava com o povo de direitos humanos, que ele era um covarde junto do deputado, sargento Pereira e da ouvidora.
"Outra denúncia que recebi é que o secretário Virgulino teria visitado a primeira Superintendência de Polícia Civil da Paraíba e prometido soltar o sargento Arnóbio, que responde a processos por envolvimento com grupos de extermínio na Paraíba". "Isto seria possível, conforme Virgulino, assim que ele assumisse o posto de secretário de Segurança Pública", completou. Click e confira o pronunciamento na íntegra.
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