Sem uma coligação com o PT, na disputa proporcional, o deputado estadual Raniery Paulino (PMDB) reconheceu, hoje (15), que o PMDB terá dificuldades para eleger uma grande bancada na Assembléia Legislativa e na Câmara dos Deputados. O motivo é o lançamento da coligação 'puro sangue', ou seja, sem partidos aliados no mesmo grupo.
Raniery destacou a aliança nacional entre os dois partidos e a união nas eleições de 2010 na Paraíba, que ajudou o PT a eleger três deputados estaduais (Anísio Maia, Frei Anastácio e Luciano Cartaxo) e um federal (Luiz Couto), "formalizando uma bancada de oposição sólida com o PMDB, na Assembléia".
"Dificuldades (para eleger deputados) existem e todos os partidos estão sentindo isso. Mas, ainda estamos na expectativa de formalizar a aliança com o PT. É uma aliança interessante, pois, se fizermos um checklist, percebe-se facilmente que o PMDB e o PT juntos têm mais convergências do que divergências", analisou.
"Além disso, me parece que a maioria do partido no interior do estado entende que o Governo do PSB foi nocivo ao PT e aquela campanha de 2010, em João Pessoa, apresentou rusgas insanáveis. Mas, eu respeito o posicionamento, afinal, se os quero (os petistas) próximos de nós, porque irei criticá-los", declarou.
A preocupação do parlamentar fundamenta-se na tendência do PMDB perder cadeiras, após o resultado das eleições deste ano, caso não consiga firmar aliança com o PT, via decisão judicial - que o TRE tem até o dia 5 de agosto para definir. Hoje o partido dispõe de três deputados federais (Manoel Júnior, Nilda Gondim e Hugo Motta) e cinco estaduais (Olenka Maranhão, Gervásio Maia, Márcio Roberto [que desistiu da reeleição e lançou o filho pelo PEN], Trocolli Júnior e o próprio Raniery Paulino). Em 2010, a coligação PMDB/PSC elegeu 12 deputados, sendo 8 do PMDB.
Para o pleito deste ano foram registrados oito candidatos: Carlos Rafael, Gervásio Maia, Trocólli Júnior, Ivaldo Morais, Nabor, Olenka Maranhão, Raniery Paulino e Tatiana Medeiros. Já para a deputado federal foram registrados apenas três candidatos competitivos: Veneziano, Manoel Júnior e Hugo Motta. Vale ressaltar que tratam-se de campeões de votos, porém, em faixa própria a tendência é eleger quatro estaduais e apenas dois federais.
Em 2010, Gervásio Maia [com 45.597 mil votos] foi o segundo mais votado da Paraíba; a atual prefeita de Patos, Francisca Motta (com 43.475 mil votos] foi a terceira colocada e hoje o candidato é seu genro, o ex-prefeito Nabor Wanderley; Trocólli Júnior [com 35.622 mil votos] foi o sétimo colocado; Olenka Maranhão [com 32.644 mil votos] foi a 14ª mais votado; Raniery Paulino [com 29.277 mil votos] foi eleito na 20ª posição;
Naquela eleição, ainda foram eleitos pelo PMDB: André Gadelha (hoje prefeito de Sousa), Doda de Tião (hoje no PTB), Wilson Braga (hoje no PV), a suplente Iraê Lucena (hoje no PSDB), a suplente Mayenne-Van (não é candidata), o suplente Nivaldo Manoel (não é candidato), suplente Expedito Pereira (hoje prefeito de Bayeux), dentre outros candidatos.
E isso numa coligação com o PSC, que saiu daquele pleito com quatro deputados eleitos (Arnaldo Monteiro, Guilherme Almeida, Carlos Batinga e Vituriano de Abreu).
Portanto, situação que preocupa e muito ao futuro do maior partido da Paraíba.
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