Convergência, unidade e projeto conjunto foram as palavras mais ouvidas durante a Convenção do Estadual do PSDB. O evento reuniu, para a surpresa de muitos, as principais lideranças dos partidos de oposição no Estado. Estavam lá os prefeitos de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PSD); Campina Grande, Romero Rodrigues (PSDB), e os senadores José Maranhão (PMDB) e Cássio Cunha Lima (PSDB). Os três primeiros, vale ressaltar, têm protagonizado uma briga renhida para encabeçar a chapa das oposições. Dos quatro, Maranhão, aquele que mais tem defendido a própria candidatura, fez o discurso mais voltado para a unidade. Ele alegou que já se perdeu muito tempo com o que separa o grupo e que a hora é de buscar a convergência.
O mesmo discurso foi adotado por Romero Rodrigues, outro que constantemente demonstra irritação com o próprio partido. Ele defende que a sigla tenha candidatura própria, porém, durante a convenção, admitiu que poderá votar em outro nome que não seja do PSDB. Ele alega que quem está na política está para ser votado, mas também para votar. Ele alegou, com isso, que não vai forçar uma candidatura a todo custo. O discurso segue no mesmo sentido do adotado pelo prefeito Luciano Cartaxo. O pessedista disse, durante entrevista, que os partidos de oposição vão compor um plano de governo comum. As experiências de João Pessoa e Campina Grande, segundo ele, serão essenciais para que o grupo dialogue com a população.
A convenção do PSDB confirmou a recondução de Ruy Carneiro para a presidência do partido no Estado. O tucano, ao lado do senador Cássio Cunha Lima, têm sido os maiores defensores da unidade. Cássio, inclusive, garante que haverá espaço para todas as siglas na chapa majoritária. Há as vagas para candidato ao governo, a vice, dois senadores e quatro suplências. A meta é também unir o grupo para eleger uma chapa consistente para a Câmara dos Deputados e para o Senado. O adversário comum, citado nas entrevistas, é o esquema do governador Ricardo Coutinho (PSB). A aposta é a de que o socialista lance João Azevedo para a disputa. Entre as lideranças da oposição, ninguém acredita que o gestor não será candidato a uma das vagas no Senado.
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