Após anunciar desistência da candidatura ao Governo do Estado, escancarar indisposição com a oposição e não confirmar permanência no grupo oposicionista, o prefeito de João Pessoa Luciano Cartaxo (PSD) já está tendo sua saída do PSD cogitada. Uma legenda que estaria recebendo o gestor seria o PMN, presidido pelo seu braço-direito na gestão municipal, o secretário Zennedy Bezerra (PMN). A ex-presidente do partido e membro da Executiva Nacional, Lídia Moura (PMN), no entanto, não confirma a filiação.
“Essa porta está aberta para Cartaxo desde sempre. Já pontuamos que era importante o prefeito ter um casa mais arejada, e o PMN se coloca como esta casa. Mas, confesso, não houve ainda ato seguinte a primeira decisão, de não concorrer ao Governo do Estado e permanecer na Prefeitura. Ainda não houve definições dos rumos. Acredito que o prefeito ainda vá conversar com os vários partidos. Diria até que é cedo para essa segunda definição. Óbvio que o PMN vê com muita simpatia [a chegada de Cartaxo]”, afirmou Lídia Moura. Para ela, um dos fatores que pesaram na decisão de Cartaxo foi a disputa interna e a falta de definição do grupo de oposição. Além disso, Lídia analisa que o prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues (PSDB), foi um dos principais obstáculos na construção de uma unidade e quem mais barrou uma definição prévia do grupo.
“Aqueles que estavam se lançando em candidatura para tumultuar o jogo, vender seu passe, ampliar suas possibilidades, ficaram numa situação constrangedora. Vejo numa situação constrangedora o prefeito de Campina Grande, ele agora tem o dever de sair candidato. Porque ele estava numa disputa dentro do campo da oposição, parecia que cada vez que Luciano se lançava candidato, ele dizia ‘alto lá com o andor que eu também sou’. Agora ele não tem mais essa disputa interna, o caminho está livre para ele ser candidato. Vamos ver só se ele reúne as condições de ser o candidato, porque precisa reunir as condições, [precisa ver se] esse leque de partidos que estava com Luciano se vão se manter [apoiando a oposição]”, analisou Lídia.
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