O governador da Paraíba, João Azevêdo (PSB), descartou, durante entrevista coletiva na manhã desta segunda-feira (23), qualquer possibilidade de renunciar ao mandato devido aos desdobramentos da Operação Calvários, que investiga desvios de recursos públicos por meio de Organizações Sociais, na área da saúde e educação.
João lembrou que percorreu mais de 40 mil quilômetros durante a campanha eleitoral e recebeu a confiança de mais de 1 milhão de paraibanos para governar o estado nos próximos quatros anos. “Não tenho a mínima intenção e nem motivo para renunciar, não farei isso”, avisou.
Ainda durante entrevista coletiva, João Azevêdo declarou que nunca teve contato nem pediu recursos para qualquer área para Daniel Gomes, empresário da Cruz Vermelha Brasileira, apontada no âmbito da Operação Calvário como a organização utilizada nas gestões do ex-governador Ricardo Coutinho para fraudes nos recursos públicos. “Eu não conheço esse cidadão nem nunca falei pelo telefone com esse cidadão no sentido de pedir propina nem a ele nem a ninguém. Eu nunca me reuni com ninguém para pedir recursos. Eu tenho essa tranquilidade de dizer que nunca me reuni” disse.
O governador que se isentou de qualquer ato ilícito cometido pelos investigados na Operação Calvário previu que deverá sofrer retaliações por parte deles. De acordo com João, apesar disso ele se mantém com a consciência tranquila de quem não pactuou com os atos dos antigos aliados. “Não tenho dúvida que vamos entrar em um processo de vingança generalizada. Ou alguém imagina que alguém que foi identificado e preso nessa operação terá por mim a mesma relação que teve? Evidente que não. Esse é um processo que está aí para acontecer, mas o importante é a consciência tranquila” declarou.
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