Em live realizada na noite passada (22), o ex-governador Ricardo Coutinho (PSB), apontado como chefe da organização criminosa que desviou recursos públicos na saúde e educação da Paraíba, criticou e chamou de "espetacularização" a atuação do Ministério Público (MP-PB) na Operação Calvário, que o prendeu na noite da última quinta-feira (19).
Solto no sábado (21), após habeas corpus concedido pelo ministro Napoleão Nunes Maia (STJ), Ricardo Considerou a sua prisão arbitrária e criticou os métodos do MP.
“Considero a prisão complemente arbitrária, não é possível que a prisão preventiva se torne um método de interrogatório”, disse. “Você não tem contemporaneidade nos fatos, não tem os fatos ocorridos naquele momento”, contestou a legitimidade dos áudios em que aparece negociando suposto repasse de propina com Daniel Gomes, dirigente da Cruz Vermelha.
“[O Ministério Público] forçou a barra para o espetáculo de me verem preso, para que se possa ter um efeito na conjuntura política. O que existe é um esforço enorme de se negar um projeto que mudou o estado de forma muito grande”, continuou.
Ricardo fez elogios ao ministro Napoleão Nunes Maia. “O ministro Napoleão em 9 paginas desmontou 200 paginas de acusação. Não sou mais governador, não tenho mais relação [com João Azevêdo], rompemos politicamente, houve uma perseguição aos melhores quadros que o governo tinha”, contrapôs a uma eventual influência no atual governo.
O ex-governador não comentou sobre os novos trechos da delação da ex-secretária de Administração do Estado, Livânia Farias.
Nenhum comentário:
Postar um comentário