sábado, 28 de dezembro de 2019

Após reunião sobre paralisação, secretaria estadual da Saúde aponta intransigência de médicos que atuam no Trauma/JP por não aceitar R$ 30 mil de salário

A noite dessa sexta-feira, 27, foi marcada por extensa reunião entre os membros da Neurovasc, Cooperativa médica que presta serviços ao Hospital de Trauma de João Pessoa nas especialidades de Neurocirurgia, Cirurgia Vascular e Cirurgia Torácica e membros da secretaria de Saúde da Paraíba a fim de haver um entendimento que culminasse com a continuação da prestação de serviços por parte dos médicos.
A Secretaria de Estado da Saúde emitiu comunicado ontem (27) para informar aos médicos que o Trauma de João Pessoa agora passa a ser administrado pela gestão direta. O informe surge após o governador João Azevêdo anunciar o fim dos contratos da Saúde com as Organizações Sociais (OS). A mudança no Hospital de Trauma vale a partir deste sábado (28).
A Neurovasc informa que com a descontinuidade da gestão do hospital por parte do Instituto Acqua, os contratos tiveram fim e solicitaram do governo uma regularização do pagamento e da contratação. De acordo com a secretaria o governo sempre se mostrou disposto a dialogar tanto que compareceu na reunião de ontem e por mais de duas horas tentou reverter a situação, se comprometendo inclusive a remunerar os médicos com o mesmo valor contratado pelo instituto.
“Ressaltamos que a secretaria sempre se mostrou disposta ao diálogo e após uma exaustiva reunião de duração de duas horas prevaleceu mais uma vez a intransigência de alguns membros da cooperativa. A secretaria se comprometeu a remunerar o mesmo valor contratado pela gestão da OS – 890.000,00/ mês, numerário que poucos profissionais do país recebem” diz trecho da nota.
A quantia, ainda de acordo com a secretaria garante R$ 30 mil mensais para cada médico, entretanto eles não aceitaram a proposta e ainda segundo a nota preferiram encerrar os serviços de forma abrupta com a intenção de pressionar o governo, colocando em risco inclusive a vida de pacientes.
“A secretaria estadual de saúde lamenta profundamente a inexistência de diálogo e intransigência da cooperativa de neurocirurgia, cirurgia torácica e cirurgia vascular em relação à manutenção dos serviços prestados à população que recorre ao Hospital de Trauma Humberto Lucena de João Pessoa culminando com uma decisão precipitada de paralisação abrupta das atividades comunicada apenas 10 h antes de abandonar a população de João Pessoa e gerar desassistência com risco iminente de morte de inocentes” ressalta outro trecho. (com PB Agora)

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