Antes da abertura dos trabalhos na Assembleia Legislativa, nesta terça-feira (4), o deputado Adriano Galdino veio sugerindo que o Republicanos tenha não só um mas duas vagas na chapa governista: a de governador (pra ele próprio) e a de senador. Uma tese de sobrevivência política para quem sabe que a vaga destinada ao partido será indicada pelo presidente da Câmara, Hugo Motta.
Enquanto Galdino veio com gasolina, o governador João Azevedo (PSB), minutos depois após ter ouvido tudo, veio com gelo. Falou que era legítimo as lideranças desejarem crescer. E virou a câmera para o outro lado. "Nenhum partido terá duas vagas na chapa majoritária", já havia dito João. Aliás, as últimas semanas tem sido assim: Galdino morde e João assopra.
E para completar, já no discurso da tribuna, Galdino olhando para o governador João Azevedo (PSB) e o vice-governador Lucas Ribeiro (PP), disse que tem o sonho de ser governador da Paraíba, bradando que “ninguém pode cassar o sonho de ninguém”. Ora, todo político de nível estadual tem o sonho de ser governador. Não é exclusividade de ninguém.
Bem, sem a palavra lá de Brasília, de Hugo Motta, sustentando esta tese, Galdino transforma um argumento lógico numa bandeira de exército de um homem só. Que corre o risco de ser tratado dentro do grupo como uma figura que estará sempre pronto para derrubar a mesa enquanto todos almoçam amistosamente, trocando sorrisos, mesmo que sejam apenas por conveniência da circunstância.
João Azevêdo rejeitou qualquer sentimento de pressão e reafirmou que a definição das candidaturas ocorrerá dentro do prazo adequado. “Pressionado? Claro que não. A leitura de quem está de fora é diferente da de quem está dentro. Seguimos trabalhando e, quando chegar 2026, tomaremos as decisões necessárias. Vamos discutir todas as possibilidades, sempre em busca da unidade”, afirmou.
O governador também reforçou a importância do diálogo na construção do projeto político para 2026, destacando que a política deve ser conduzida com tranquilidade e articulação coletiva. “Política se faz com diálogo, sem afobamento. O debate é fundamental para garantir que as decisões sejam tomadas da melhor forma”, pontuou.
Azevêdo ressaltou que a definição dos nomes que comporão a chapa majoritária será feita de forma coletiva, não projeto pessoal, com a participação dos partidos aliados e levando em consideração o cenário político do momento.
“Em 2026, apresentaremos a chapa do grupo. Temos vários partidos aliados e nenhum terá duas vagas na chapa. No momento certo, serão escolhidos aqueles que estiverem em melhores condições de disputar cada cargo”, finalizou o governador.
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