O presidente da União Brasileira de Municípios (UBAM), Leonardo Santana, destacou a importância da proposta de autoria da entidade, para a criação e instalação da Zona Franca do Semi-Árido, que tramita no Congresso Nacional, através de uma Proposta de Emenda Constitucional, a PEC 19/2011. Já aprovada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, a proposta seguirá ainda esse ano para ser votada em plenário. Garantiu o dirigente municipalista, que pediu uma audiência ao presidente da casa, Deputado Henrique Alves, objetivando obter o apoio para realização de um amplo debate, através de seminários que acontecerão em todos os Estados do Nordeste.
Depois de encontros dos integrantes da UBAM com centenas de deputados federais, durante todo ano passado, há expectativa de que a proposta seja aprovada ainda este ano, mesmo durante o período eleitoral. Segundo Leonardo, que tem mantido um imenso esforço na representação em favor das prefeituras, mantendo uma repleta agenda de visita aos Municípios que compõem o polígono das secas, a instalação da Zona Franca se constitui na maior conquista para o Semi-Árido nordestino e será a "salvação econômica e social" dos municípios, que há tantos anos sofrem a carência de atenção governamental, os quais conseguirão a tão necessária independência, que os impede de crescer, devido ao frágil pacto federativo, que continua fazendo do governo da União um cruel concentrador de tributos e, ao mesmo tempo, impondo aos pequenos entes as maiores responsabilidades sociais.
Leonardo informou que um dos maiores objetivos da Zona Franca do Semi-Árido é a interiorização do desenvolvimento, considerando que o projeto prevê a instalação de nove pólos industriais em cidades com localização estratégica, em áreas distantes das capitais, devendo as mesmas expandirem os investimentos para todos os pequenos e esquecidos Municípios. Na Paraíba, o projeto prevê a instalação de dois pólos industriais, nos Municípios de Soledade e Cajazeiras, interligados por linha férrea, com a construção de portos secos, mesmo assim com escoação da produção para o porto de Cabedelo. "Há cinco anos estamos lutando por esse projeto, e temos certeza que o momento atual nos sinaliza a concretização desse grande sonho de transformar o Nordeste numa Região mais justa e totalmente desenvolvida." Disse o presidente da UBAM.
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