segunda-feira, 24 de março de 2014

Decência, coerência e ombridade versus a "putaria" da politicagem...

O editor ancorando radiofônico que tinha participação de João Franco Filho...
Sempre que provocado lembro que não misturo laços de amizade com a "putaria" da politicagem. Uma coisa é distinta da outra. O leitor e/ou ouvinte [na caso quando apresentando programas radiofônicos] deve sempre saber interpretar os fatos para não pecar por ignorância ou desconhecimento. O que vale também para nós que militamos no jornalismo. Todos somos factíveis de deslizes. Restando-nos corrigi-los quando for o caso. Mas, jamais baixar a guarda na defesa da nossa independência, da nossa decência, da nossa coragem e da nossa ombridade. Assim como temos coragem para informar de maneira independente e denunciar desmandos, temos ombridade para reconhecer possíveis falhas.
Quinta-feira (20), da semana passada, em matéria publicada aqui, comparamos os momentos de turbulência vividos hoje em dia no município de Itaporanga, com graves denúncias de corrupção e desmandos na gestão Audiberg Alves, com momentos semelhante vivido pelo município na década de oitenta, do século passado, na gestão João Franco da Costa [já falecido]. E informamos que na época a situação ficou tão péssima que o Tribunal de Justiça da Paraíba havia decretado intervenção no município, afastando do cargo então prefeito. Logo um neto do ex-gestor, João Franco Neto [Netinho], respeitosamente identificou o erro na citação e solicitou correção.
Conversei na sexta-feira (22) com Cristina Franco [que foi nora do ex-gestor], uma mulher e mãe de família decente e correta, e disse-lhe que a citação seria corrigida por respeito à ela e seus filhos, apesar de entender ter sido mal interpretada pela família. Na realidade, João Franco da Costa não foi afastado e sim renunciou ao cargo ante a iminente decretação de intervenção que estava para acontecer, como aconteceu, por determinação do então governador Tarcísio de Miranda Burity, devido as graves denúncias de irregularidades na administração municipal. Diz a família que João Franco da Costa foi vítima de armação política. Se foi é dever apontar quem ou quais os autores.
Porém, não sei fugir da raia quando chamado. Costumo pontuar que sei ser educação quando preciso e grosso quando necessário. Entretanto, não mudo meu conceito sobre alguém somente porque esta pessoa não concorda com algo que escrevo. É um direito que persiste a cada um. E aí é onde cabe a interpretação dos fatos. Em comentário na postagem anterior, João Franco da Costa Filho [filho do ex-prefeito e que presta serviços de assessoria jurídica à atual gestão] seguindo a "putaria da politicagem" foi logo dizendo que "a mentira é o excremento da verdade, por conseguinte, o mentiroso é o excremento da sociedade". Aqui volto a afirmar que não maculei a imagem particular de ninguém, muito menos do ex-prefeito. O único erro foi o lapso em não ter pesquisado os dados históricos, trocando a renúncia pelo afastamento, e tão somente isso.
E deixo claro que não devo satisfação a nenhum "filho da puta" de Itaporanga que queira posar de honesto, ético, correto, etc. O que há são muitos hipócritas que vendem até a alma pra estarem pendurados em cargos públicos. Não podemos omitir que enquanto gestor João Franco da Costa enfrentou turbulência durante sua administração ao ponto de renunciar ao mandato para não ser cassado, levando o governador de então a decretar intervenção no município de Itaporanga. Se a família diz que ele foi vítima de armação política, então nesse mesmo diapasão precisa ter coragem pra dizer quem foram o autores dessa armação? Quem foram os bandidos que roubaram na gestão João Franco da Costa?
O que acontece de bom ou ruim é creditado ao gestor e este deve ter coragem para punir e identificar quem fez o malfeito. Só para se ter uma ideia, para quem não conhece a história e o que correu naquela época, abasteciam veículos movidos à gasolina com diesel. Venderam dezenas de terrenos públicos [Bairro do Alto das Neves] e surrupiaram o dinheiro apurado. Essa grilhagem de terra foi feita com ava ou sem aval oficial João Franco Filho, à quem tenho como uma pessoa boa e meu conceito sobre ele não vai mudar por conta de sua posição em relação à mim, diz que "muitos só pensam e agem para cultivar o mau e a alimentar a discórdia entre as pessoas", referindo-se ao signatário do blog. Muito pelo contrário, informamos o que o povo precisa saber e revelamos os desmandos que vocês tentam encobrir. Ao contrário do advogado tenho coerência para abordar quaisquer temas em debate. Já ele não pode fazer o mesmo.
E digo o por quê: ano passado em 10 meses [de fevereiro à novembro] João Franco da Costa Filho custou aos cofres públicos municipais [dinheiro do cidadão itaporanguense] R$ 47.200,00 mil, já tendo sido pago R$ 42.000,00 mil - para prestar serviços de assessoramento e consultoria jurídica na Sitrans - Superintendência Itaporanguense de Transporte e Trânsito {R$ 25.200,00 mil}, destes R$ 6.000,00 [R$ 3.000,00 em novembro e R$ 3.000,00 em dezembro], pagos pela locação de imóvel para servir de garagem pública pelo período de fevereiro à julho; e na Secretaria Municipal de Saúde {R$ 22.000,00 mil}, compreendendo os seguintes serviços: elaboração de pareceres, de contratos, de relatórios técnicos jurídicos, acompanhamentos processuais e demais serviços privativos de advocacia. E pra fechar há um contrato em vigência no valor global de R$ 12.000,00 mil/ano, ou seja, R$ 1.000,00/mês entre a prefeitura e o advogado para locação de imóvel, localizado na Rua Padre Lourenço, para servir de garagem pública pelo período de 06/12/2013 à 31/12/2014.
Portanto, fica difícil para João Franco Filho ter coerência enquanto contratado pela atual gestão municipal. Quando participava de bancada comigo em programa de rádio, ano passado, ele revelou certa vez, quando estourou os escândalos de superfaturamento na Saúde, ser difícil pra gestão defender a situação pelos fortes inícios de veracidade contidas nas denúncias. Ora, era nada mais nada menos do que o responsável pelos contratos na pasta da Saúde que fazia tal revelação. Acreditei na sua firmeza. Mas, quantas ações foram dada entrada contra o vereador que denunciou o fato? E com relação a orientação do Tribunal de Justiça para demissão dos prestadores de serviços, determinada há mais de um ano? Fica difícil de se posicionar. Quero mostrar com isso que poucos tem independência de se expressar em Itaporanga porque estão amarrados financeiramente à gestão.
Propalaram bastante que havia roubo na gestão passada, na área de Saúde. E cadê as ações judiciais para punir os "bandidos" de outrora? Porquê a atual gestão não abre logo a caixa preta da Saúde? O fato é que as denúncias de agora são feitas com documentos em mãos, pelos vereadores e não se vê uma resposta convincente por parte da atual gestão. Isto é fato! Concluo dizendo que não tenho rapo preso com ninguém. Nem sigo orientação política de seu ninguém. Nem devo satisfação à "filho da puta" algum de Itaporanga. Mantenho o mesmo conceito sobre João Franco Filho, pois ele tem todo direito de concordar e discordar do que falo ou escrevo. Porém, quanto à sua indelicadeza [na melhor das palavras] no texto à mim dirigido devolvo em dobro tudo que pensa de mim e sobre mim. Assim sendo, não passa de um "bosta".

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