O senador diplomado José Maranhão (PMDB) disse, ontem, numa conversa com jornalistas, em um restaurante da capital, que quer o PMDB com mais espaço no governo. Maranhão quer dar um empurrãozinho para emplacar o deputado estadual Trócolli Junior (PMDB) em uma Secretaria. A pasta, em questão, já foi até exigida: a de Esportes e Lazer.
O parlamentar peemedebista confidenciou, aos mais próximos, que só aceita se for esta vaga. Maranhão, na conversa, deixou a entender que as negociações estão avançadas e que tudo caminha para que mais um espaço seja garantido ao partido. Alguns sinais, do lado do governo, apontam para essa direção. Por exemplo, o atual secretário de Esportes, Tibério Limeira, vai acumular a gestão do Empreender-PB, um programa de geração de renda do estado. Mas o que uma pasta tem a ver com a outra? Na essência, nada. O acúmulo seria estratégico.
Ricardo garante o voto de Trócolli Júnior para Adriano Galdino (PSB) na candidatura à presidência da Assembleia Legislativa e depois Tibério assumiria, definitivamente, o Empreender, enquanto o peemedebista caminha, com o dever cumprido, para comandar o "esporte". A mudança estaria prevista para acontecer em fevereiro, depois da eleição da mesa diretora. Mas, por enquanto, são apenas conjecturas.
Para Coutinho, alguns dilemas aparecem. Entre eles, encontrar um adjunto que possa fiscalizar o trabalho do peemedebista e evitar que ele faça muita “política” e não dê resultados práticos. No governo girassol, cargo político não fica sem “vigilância”. O alinhamento parece bem lógico porque o governo já demonstrou a vontade de emplacar um presidente da base na AL. Não quer e não pode perder mais tempo com duelos com o parlamento, como aconteceu no último mandato.
Há um mês Adriano Galdino tinha garantido uns 23 parlamentares, que dariam a ele a presidência da AL. Mas alguns estariam na cordabamba, prestes a “virar a casaca”. E como, por enquanto, o voto é secreto na AL, é preciso empenhar o apoio máximo antes de chegar o dia da escolha. Há quem acredite que cinco dos que anunciaram apoio a Galdino podem se esconder atrás do segredo do voto. Por isso, o governo quer ter a maior margem possível para evitar surpresa.
Num outra frente, deputados da base já estariam se articulando para acabar com o fim do voto secreto. Isso evitaria ou diminuiria a possibilidade de traição. Para o atual presidente da Casa, Ricardo Marcelo (PEN), que deve tentar se manter no cargo, manter o voto secreto, nesse momento, é muito melhor. Vários parlamentares gostariam de votar em Galdino, mas estão muito alinhavados com o atual presidente. Certamente, vai ter traição. (Larte Cerqueira)
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