quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Horas depois do apelo dramático de Temer para 'alguém' unir o país o PDT e PTB declaram-se independentes e aumentam humilhação do governo na Câmara

O governo perdeu nesta quarta-feira (5) o apoio de dois partidos na Câmara. Horas depois de o vice-presidente Michel Temer ter cobrado lealdade e responsabilidade dos aliados, PDT e PTB declararam “independentes”. Fizeram mais: anteciparam voto a favor da proposta que vincula os salários de advogados da União, procuradores estaduais e delegados de polícia a 90,25% dos contracheques dos ministros do STF —uma matéria tachada pelo governo de “bomba fiscal.” Juntas as duas legendas têm 44 votos na Câmara.
Jovair Arantes (GO), líder do do PTB, disse que o partido tornou-se “independente” por decisão unânime de sua bancada, que se reuniu por cerca de três horas nesta quarta-feira. Hoje, o PTB integra um bloco liderado pelo PMDB e integrado por legendas como PP e PSC. Arantes comunicou ao líder do PMDB, Leonardo Picciani (RJ), sua disposição de requerer o desligamento do PTB desse bloco. Fez isso “para dar conforto” aos colegas, já que os petebistas decidiram aprovar, por unanimidade, a proposta combatida pelo Planalto.
Arantes afirmou que só se manteve no bloco encabeçado pelo PMDB porque Picciani lhe informou também encaminhamento do voto a favor da proposta tachada de “bomba fiscal” pelo governo. Os líderes do PP e do PSC fizeram o mesmo. Ou seja, mais uma humilhação da Câmara ao governo Dilma. 

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