Ela ainda lamentou a programação do São João em Campina Grande com maioria de sertanejos. “É minha cidade, uma cidade linda, o São João é um arraso, mas a festa não pode se descaracterizar, se guiar só pelo mercado”, defendeu Elba.
A polêmica em relação às atrações do São João começou quando Elba criticou a quantidade de artistas de música sertaneja nos festejos juninos. “Mas a coisa ganhou um vulto maior depois da declaração da Marília Mendonça, essa menina nova que eu não conheço muito. Conheço outros sertanejos mais antigos, Pena Branca, Zezé [di Camargo], Daniel. Ela disse que ia ter sertanejo no São João, que tinha que respeitar, como se nós tivéssemos preconceito ou intolerância. Aquilo mexeu com meus brios porque eu sei quem sou”, apontou a cantora paraibana.
Elba Ramalho ainda afirmou que não criticou os artistas sertanejos, mas sim os curadores das festas. De acordo ainda com ela, “os artistas sertanejos serão sempre bem-vindos aqui, respeito o valor artístico deles. Mas acho que em junho, mês do São João, a prioridade deve ser dada à nossa tradição, ao nosso forró. É preciso ter mais equilíbrio. Tem espaço para todo mundo no céu, uma estrela não atropela a outra”.
A cantora ainda defendeu a criação de uma lei para garantir a presença do forró nas festas de São João bancadas com recursos públicos. “Acho que podia ter uma lei sim, assim como o Recife fez no Carnaval, que diz que tem que ter frevo. A cultura tem que ser preservada, mas sem excluir ninguém. Vai ter sertanejo sim, Marília, pode ficar tranquila”, declarou.
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