terça-feira, 14 de outubro de 2025

Cícero reage à cobrança de Veneziano, que diz ter prejuízo com apoio do prefeito à João, e adia filiação ao MDB: "Eu já disse e continuo no voto em João"

O prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (sem partido), comentou nesta terça-feira (14) a cobrança feita pelo senador Veneziano (MDB) que pediu a definição de um segundo nome para compor a chapa ao Senado. Foi o recado mais duro até agora porque a decisão de Cícero de votar com João, segundo Veneziano tem lhe causado prejuízos políticos. 
“Não tendo esse nome, eu já sinto alguns prejuízos. Isso pesa”, afirmou o senador, explicando que a falta de clareza atrapalha o diálogo com lideranças e eleitores. “As pessoas ficam livres para buscar do outro lado”, completou Veneziano ao revelar sua preferência para a segunda vaga ao Senado: o padre Fabrício. 
“Eu tô cansado de responder qual foi a minha posição. Eu não tô mudando de nada, não. Será que vocês não têm outra pergunta?”, respondeu o prefeito. “Já disse qual era a minha posição (apoio ao governador João Azevêdo ao Senado). Eu estou dizendo que continuo com a mesma posição. Sim, senhor.”, disparou Cícero Lucena nesta terça-feira. 
O problema é que, enquanto o prefeito continuar alimentando o discurso de “apoio” a João Azevêdo, o MDB teme perder espaço e coerência diante de aliados e eleitores. Entre gratidão e a estratégia, Cícero Lucena começa a descobrir que o discurso de fidelidade ao governador pode custar caro à sua própria candidatura - e à paciência dos seus novos companheiros de chapa.
A insistência do prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena, em dizer que continuará votando em João Azevêdo para o Senado - mesmo após o rompimento político com o governador - começa a causar desconforto entre os aliados mais próximos e risco real à construção da chapa que ele pretende liderar em 2026.
Desde o início do rompimento, João Azevêdo reagiu com ironia à promessa de “gratidão eterna” de Cícero. “Ninguém pode servir a dois senhores”, disse o governador, ainda em agosto, ao ser questionado sobre a possibilidade de receber o voto do ex-aliado. A frase soou como um recado direto de que não há espaço para meio-termo na disputa que se desenha entre a base governista e a futura candidatura de Cícero.

Na última sexta-feira, Cícero chegou a sugerir que a sua filiação ao partido de Veneziano poderia ocorrer nesta quarta-feira, dia 15, às 15 horas.

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