Após muito bate-boca, a maioria dos membros do Conselho Superior Universitário da Universidade Federal da Paraíba (Consuni) decidiu pela não homologação do segundo turno da eleição para reitor da UFPB. No total foram 22 votos favoráveis a decisão do relator Antônio Eustáquio Rezende, 16 pela validação da eleição e uma abstenção.
De acordo com o relator, além do segundo turno ter ocorrido por determinação da Justiça, o que estaria ferindo a autonomia da instituição, a quantidade de abstenções foi muito alta. Apesar da conclusão, Antônio Eustáquio, considerou o processo eleitoral correto, o que serviu como ponto de contestação entre os presentes.
Para Margareth Diniz, candidata vencedora do processo eleitoral, "estamos em um Estado de Direito Democrático, e cabe recurso da decisão do Consuni. Será comunicado ao tribunal Regional Federal da 5ª Região, em recife, sobre o que foi definido aqui. Temos que fazer valer o desejo da maioria". Ela destacou que a decisão do Consuni não é soberana e será contestada na justiça.
Professores, estudantes e servidores favoráveis à candidata, ocuparam a Reitoria e contestaram as justificativas dadas pelos membros do Consuni que votaram contra a candidata Margareth. Para o professor Antônio Luiz, membro do Consuni, o resultadofoi motivado pela inclusão de membros no conselho escolhidos pelo reitor Rômulo Polari, chamados de 'conselheiros biônicos'.
Na opinião de Lúcia Guerra, essa foi uma "vitória da autonomia da UFPB. A decisão do TRF poderá ser derrubada e o Consuni tomou a medida correta. Fiquei muito satisfeita com o resultado". Ao término da reunião, o reitor Rômulo Polari explicou que até o dia 31 de agosto acontecerá uma reunião com membros do Cosuni e Consepe para que sejam escolhidos os três nomes que irão compor a lista tríplice.
Segundo o reitor, essa lista poderá ser formada com nomes dos candidatos que fizeram parte do pleito, como também por outros nomes que não estavam presentes no processo eleitoral. (wscom)
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