O vereador Cícero Jacinto (PCdoB), do município de Boa Ventura, manteve contato no final da manhã desta quinta-feira (22) com o editor para esclarecer os reais motivos que resultou na confusão registrada durante a sessão ordinária da Câmara Municipal de Boa Ventura, realizada semana passada, que levou o presidente da Casa, vereador Antônio Madalena (PSDB) a buscar a presença da Polícia Militar para retirar o vereador 'comunista' do plenário sob a acusação de que este estaria tumultuando os trabalhos.
Micôca, como é mais conhecido o vereador, afirma que a confusão foi gerada não por ele mas pelo próprio presidente da Casa ao quebrar a ordem da sessão,depois de inscrição realizada, para conceder a palavra ao vereador Júnior Guimarães (PTdoB), anteriormente inscrito como primeiro a usar da palavra. Dr. Júnior pretendia rebater graves denúncias levantadas por Micôca [quando usou a palavra dentro da ordem regimental] que mostrava 'descaso' com o sistema de saúde do município provocada pela falta de assistência à população.
De acordo com Micôca a ordem estabelecida após inscrição para os vereadores usarem da palavra, era a seguinte: Júnior Guimarães [que não usou da palavra], João Carlos Moura, Clério Alves, Antônio Neto, Júnior de Gato, o próprio Micôca e, por último, Talles. Restando apenas Zé Gordo e o presidente, caso usasse. Porém, segundo Micôca o presidente quebrou a ordem, após todos terem usado da palavra, ao conceder espaço para o vereador situacionista Dr. Júnior rebater as denúncias feitas minutos antes por Micôca que protestou.
Segundo Micôca, o presidente mandou que ele "calasse a boca" e, depois, acionou a Polícia Militar para retirá-lo da Câmara. "Numa demonstração cabal de desrespeito e desequilibro", frisa. O vereador protestou ainda contra a Polícia Militar por "despreparo ao invadir o legislativo e ameaçar prender caso não se retirasse, ferindo mortalmente a Constituição que assegura o pleno exercício parlamentar". "Como não houve agressão física nem destruição do patrimônio público não havia necessidade da polícia intervir em assuntos internos da Câmara", lamentou Micôca que revelou estar processando o 1º tenente Joseph Alves de Lucena, oficial CPU do 13º BPM que fez a diligência, assim, como o presidente Antônio Madalena.
Com relação à presença da Polícia Civill, Micôca, que é agente de investigação, esclarece que foi ele próprio que solicitou o comparecimento da polícia judiciária ao local "por ser uma instituição policial preparada para esse tipo de crise". "Lamentou o que aconteceu e o maior prejudicado fo eu porque fui impedido de exercer o papel me delegado pelo povo e tive que me retirar para não sofrer um constrangimento ainda maior dentro da minha própria casa legislativa", protestou.
Dentre os documentos entregues ao Blog pelo vereador, para esclarecer a situação, está o ofício nº 601/13 [de 20/08/13] do major Jurandy Pereira, comandante do 13º BPM, encaminhado ao Delegado Regional Dr. Glêberson Fernando, plantonista da 17ª DSPC, contento o Relatório Policial Militar nº 086/13 [de 15/08/13] assinado pelo 1º tenente Joseph sobre o caso. Dr. Glêberson, através do oficio nº 268-GR/13 [de 21/08/13], encaminhado ao comandante do 13º BPM, atestou não ter vislumbrado "crime algum por parte do vereador, não existindo uma situação de tipicidade, antijuridicidade e culpabilidade, mas sim uma situação política a ser resolvida no âmbito interno" da Câmara.
Nesta sexta-feira (23) o vereador Micôca concederá entrevista no PB Notícias, noticioso que é levado ao ar pela Pedra Bonita FM, quando abordará este e outros assuntos inerentes à situação política e administrativa de Boa Ventura.
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