sábado, 8 de abril de 2017

Lira está entre aliados de Eunício que querem Renan fora da Liderança do PMDB

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A tentativa do senador Renan Calheiros (AL) de demonstrar a força que não tem, criticando medidas do governo de Michel Temer, do seu próprio partido, pode enfraquecer ainda mais o ex-presidente do Senado, que tem a reeleição ameaçada pela perda de poder e os 13 inquéritos a que responde no âmbito da Operação Lava Jato. Seus atos recentes de "rebeldia" despertou o desejo de rivais do alagoano de iniciar um movimento para minar o senador e tentar destituí-lo do cargo de líder da bancada do PMDB no Senado.
A articulação contra Renan conta com o apoio velado do presidente da Casa, Eunício Oliveira (PMDB-CE), e de senadores peemedebistas próximos a ele, como Raimundo Lira (PB) e Garibaldi Alves (RN), que estão descontentes com Renan e lembram que basta as assinaturas de 12 dos 22 senadores para determinar o afastamento do peemedebista. Um líder de bancada não tem mandato fixo e pode ser substituído a qualquer momento, especialmente se não representar mais o posicionamento da maioria dos liderados. 
As declarações do senador alagoano contra o presidente Michel Temer estremeceu a bancada e teve seu ápice com a decisão de Renan de retirar a indicação da senadora Rose de Freitas (PMDB-ES) à presidência da Comissão Mista de Orçamento (CMO). A peemedebista confrontou Renan mais de uma vez esta semana para que ele não usasse a visibilidade que tem como de líder do PMDB para defender posições pessoais.
A crítica é que o peemedebista está se posicionando contra a reforma da Previdência e outros temas que interessam ao governo para garantir capital político, com cargos e benesses do Governo Federal, e sair do péssimo momento eleitoral que vive e ameaça a sua reeleição em 2018, bem como a de seu herdeiro político, o governador Renan Filho (PMDB), em Alagoas. A ala adversária ao alagoano vai tentar ensaiar um primeiro movimento contra o peemedebista já na próxima semana. A ideia é que, com o aval de Eunício, a CMO faça na terça-feira (11) a eleição do seu presidente e escolha um nome para presidir o colegiado independentemente da indicação do líder do PMDB.
Na avaliação do grupo que articula a saída de Renan, hoje os nomes que apoiam a permanência dele no cargo são minoria e se restringiriam aos senadores Roberto Requião (PR), Kátia Abreu (TO), Eduardo Braga (AM), Marta Suplicy (SP), Edson Lobão (MA) e Hélio José (DF). Aliados de Renan, porém, defendem que ele continua forte na bancada. Já no Planalto, a ordem é não partir para o enfrentamento direto. Senadores ligados a Temer, porém, afirmam que esse cenário poderá ser revisto se Renan continuar criticando o presidente e, principalmente, conseguir atrapalhar alguma votação importante para o governo. (Com informações da Agência Estado)

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