sábado, 2 de fevereiro de 2019

Com doido não se briga: O mesmo Tião que quebrou a urna (em 2015) pra eleger Adriano foi o responsável agora por elegê-lo com o apoio da oposição

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Já dizia a máxima: "Com doido não se briga". Tião Gomes foi quem elegeu Adriano Galdino em fevereiro de 2015 quando Ricardo Marcelo (PSDB, então presidente da AL) era o grande calo no calcanhar do então governador Ricardo Coutinho. 
Naquela época, simplesmente Tião foi lá quebrou o sistema de votação eletrônica e elegeu Adriano, para o primeiro biênio, e Gervásio Maia, para o segundo, ambos em chapa única. 
Tião justificou o ato alegando considerar justo o direito de escolha da maioria da casa. "Vocês acham justo, 21 deputados, dois terços da assembleia, querer uma coisa e perder?", questionou. "Não quebrei o equipamento, apenas deliguei. Essa eleição tinha tudo pra ser fraudada. Nenhum deputado foi chamado para acompanhar esse processo na urna", alegou.
O governo calculou errado sua estratégia na eleição de ontem (1º) ao bancar a candidatura de Hervázio contra a vontade da base aliada. Ainda mais, quando a chapa tinha Estela Bezerra, como candidata à vice-presidente, que é outra personagem que não tem boa convivência com a base. 
Na eleição desta sexta-feira (1º), Tião já chegou dizendo que era "terrorista". Ninguém desconfiou do que estava para acontecer. Em seu discurso, foi logo dando uma alfinetada em Hervázio Bezerra: "na eleição (2018) tinha deputado que tomava café na granja (com o governador) e jantava na casa de Zé Maranhão (candidato derrotado). Nunca dedurei colegas. Sou governo, mas não sou submisso. Ajoelhar, só à Deus!", disparou. 
Inclusive, o próprio Adriano também fez uso da palavra em seu discurso: "Sou governo, mas não sou submisso", disse. Galdino também lembrou um fato ocorrido na eleição de 2014, momentos antes do prazo para o registro de chapas. Contou que Ricardo Coutinho (candidato à reeleição) o convidou para ser seu candidato à vice-governador e pediu que ele consultasse sua base política. 
"Todo mundo dizia que Ricardo não ganhava àquela eleição (de Cássio). Se consultar ninguém iria me aconselhar a aceitar isso e entregar um mandato garantido (de deputado). Não pensei duas vezes, respondi que aceitava. Isso restando poucas horas para o registro da chapa no TRE. Sai de Massaranduba e me dirigi até Campina Grande, onde Ricardo se encontrava para dar a resposta. No final das contas, o PSB (coletivo girassol) não aceitou a minha indicação como vice...", reportou para, ato contínuo, dizer que estava aceitando convite de Tião pra ser o candidato pelo bloco da oposição derrotando o candidato do governo (Hervázio) por um placar elástico de 23 a 13. 

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