Em entrevista, na noite desta segunda-feira (02), na TV Master, em João Pessoa, o ex-governador da Paraíba e presidente da Fundação Mangabeira (FMJ), Ricardo Coutinho falou sobre a crise que se alastrou no PSB e não poupou criticas ao governo de João Azevedo.
Ricardo disse que ninguém imaginaria que a crise no partido iria chegar ao ponto que chegou e criticou à posição do atual governador João Azevedo, dando a entender que ele deve a eleição ao seu apoio. De que João Azevedo (PSB) não teria sido eleito sequer para vereador se não tivesse seu apoio em 2018.
“Quem teve de graça um cargo de governador e não seria eleito nem vereador, teve medo de 2022. Se eu me apegasse a cargos, eu teria sido candidato ao Senado. O inimigo de quem governa passou a ser quem lhe deu o governo. Os militantes estão sendo demitidos. Não entendo o motivo desse ódio e porque alguns secretários que tocam o governo não conseguem ser recebidos”, destacou.
Coutinho acrescentou que João teria pedido para que ele não disputasse o Senado e que lhe fosse dada a oportunidade de disputar o Governo. “Ele não teve a capacidade de observar a responsabilidade que tinha ou foi vencido pela vaidade. É normal. Convive-se com muitos bajuladores e você precisa ter muita segurança para passar por tudo isso sem se quebrar. Eu estou dizendo isso hoje aqui por que o que o PSB fez de mal ao governador? O partido lhe deu o mandato? Foi isso? O atual governador disse que nunca tinha pedido para ser candidato e não é verdade. Foi no salão de vidro da Granja em fevereiro e disse que se eu saísse do governo, ele não sustentaria dois meses porque Lígia iria engoli-lo. Palavras dele”.
O ex-governador chamou Ricardo Barbosa de “bomba de instabilidade”, Coutinho disse ainda que João não queria ele como presidente do PSB na Paraíba e questionou, servi para eleger um governador que não tinha 1% de reconhecimento na Paraíba, mas não sirvo para presidir o partido desse governador?”
“Ele não falou a verdade quando disse que abriria espaço para eu ser presidente do PSB. Como alguém justifica que aquela parte que eu vou chamar de a parte podre da imprensa, uns que ganham para caluniar, que eu nunca quis conversa, mas essa parte toda recebe da Secom e não é para falar bem do governo, mas para me atacar? Como se justificaria que alguém a quem você dá a mão, age assim? Antes da posse, eu disse a ele que se não fosse ele, seria outro. O governo elegeria qualquer um candidato. Mas, foi ele por ser um dos construtores que teria condições de continuar a gestão”.
Para Ricardo Coutinho, João estaria perseguindo os filiados do PSB
“Ele chegou a dizer que sairia do PSB em dezembro. Se quer sair, saia, mas diga a verdade porque está saindo. Edvaldo Rosas não dava conta do partido fora do governo, imagine dentro do governo. Ele não tinha a menor capacidade, a menor condição”, destacou.
Ricardo Coutinho ainda afirmou que o ex-presidente do partido Edvaldo Rosas, hoje secretário-chefe do Governo, quando indagado pelo presidente nacional Carlos Siqueira, acusou o governador João Azevêdo de ser contrário a possibilidade de sua ascensão ao comando do PSB na Paraíba.
“Quando tentaram vetar a minha entrada a pedido do presidente [Nacional do PSB] Carlos Siqueira, Edvaldo Rosas respondeu que o governador é que não quer que Ricardo presida o partido, ou seja, quem deu o discurso a João Azevêdo, quem deu a oportunidade de disputar alguma coisa, o maior cargo do Estado, quem deu a formulação da postura de quem deu uma eleição mais tranquila que eu já vi na minha vida, não tinha, ou não se queria permitir que se assumisse o partido para reestrutura-lo visando 2020”, frisou.
Por fim, Ricardo Coutinho confirmou que apoiou a saída de Rosas da presidência do Diretório Estado, após assumir um cargo de secretário no governo João Azevêdo. “O partido estava estourado, Edvaldo Rosas não dava conta do partido nem fora do governo, imagine dentro”, disse.
Ricardo Coutinho ainda afirmou que o ex-presidente do partido Edvaldo Rosas, hoje secretário-chefe do Governo, quando indagado pelo presidente nacional Carlos Siqueira, acusou o governador João Azevêdo de ser contrário a possibilidade de sua ascensão ao comando do PSB na Paraíba.
“Quando tentaram vetar a minha entrada a pedido do presidente [Nacional do PSB] Carlos Siqueira, Edvaldo Rosas respondeu que o governador é que não quer que Ricardo presida o partido, ou seja, quem deu o discurso a João Azevêdo, quem deu a oportunidade de disputar alguma coisa, o maior cargo do Estado, quem deu a formulação da postura de quem deu uma eleição mais tranquila que eu já vi na minha vida, não tinha, ou não se queria permitir que se assumisse o partido para reestrutura-lo visando 2020”, frisou.
Por fim, Ricardo Coutinho confirmou que apoiou a saída de Rosas da presidência do Diretório Estado, após assumir um cargo de secretário no governo João Azevêdo. “O partido estava estourado, Edvaldo Rosas não dava conta do partido nem fora do governo, imagine dentro”, disse.
O ex-governador criticou ainda a gestão de João Azevedo e disse que “João não tem projeto, o projeto é o nosso do PSB”, ele criticou também o modo como o atual governo se comporta com a política, segundo Ricardo, João não tem posição política, “é atacado por Bolsonaro e não reage”
“A Paraíba deixou de investir, só tivemos três obras começadas, nenhuma escola inaugurada, o estante são obras que vinham dos outros anos, do meu governo, isso significa que vamos chegar o próximo ano com uma quebra da construção civil”, explicou.
Eleições 2020
Questionado se irá disputar as eleições municipais do próximo ano, Ricardo se limitou a dizer que ainda não tomou a decisão. “Ainda não tenho essa decisão, nem preciso ter agora, o PSB tem grandes nomes, os demais, dos outros partidos são figuras caricatas, tem gente que acha que fazer política é cuspir em microfone”, disse.
PSB
Ricardo Coutinho explicou que quem rompeu com o partido foi João Azevedo,”quando anunciou sua saído da legenda até o final do ano”.
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