Em discurso domingo, Bolsonaro disse que não negociaria com 'Velha Política' |
Pelo acerto discutido ontem (21) com o governo federal, o PL, de Valdemar Costa Neto, ficará com a presidência do Banco do Nordeste e a secretaria de vigilância em saúde no Ministério da Saúde. O posto, comandado pelo secretário Wanderson Oliveira na gestão de Luiz Henrique Mandetta, é um dos mais estratégicos da pasta e central no enfrentamento à pandemia do novo coronavírus.
Já o Progressistas, presidido pelo senador Ciro Nogueira, terá o direito a indicar a presidência do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e também do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs). O FNDE é um dos órgãos com maior orçamento do governo, cerca de R$ 50 bilhões, e controla a distribuição de recursos para Estados e municípios em diversos programas federais.
Já o Republicanos, comandado pelo deputado Marcos Pereira, ganhará uma secretaria no Ministério de Desenvolvimento Regional, pasta chefiada hoje por Rogério Marinho. O ministério é central na organização da distribuição de recursos para diversos municípios e sempre bastante cobiçado por partidos, interessados em agradar prefeitos aliados.
Líderes afirmam que o desenho final da distribuição de cargos ainda pode sofrer alguma alteração. Mas o acerto é tido como em fase final. Houve sinalização em reunião na segunda-feira (20) entre representantes do grupo e integrantes do Palácio do Planalto que a confirmação final do acordo e o aval final aos nomes ocorrerá ainda nesta semana.
PL, Progressistas e Republicanos estão negociando em conjunto e fizeram um acordo para que haja distribuição entre eles de cargos dos órgãos que irão controlar. A ideia ainda é que haja um compromisso dos indicados ao comando das instituições de atender com a mesma dedicação os pedidos do partido que patrocinou a indicação e dos demais aliados do bloco.
Ao PSD, de Gilberto Kassab, foi prometida o controle da Fundação Nacional de Saúde (Funasa). Mas esse acerto foi feito diretamente entre a sigla e o Palácio do Planalto.
Em troca, o grupo promete atuar de forma mais favorável ao governo em votações na Câmara dos Deputados. Líderes dizem, porém, que não haverá um alinhamento automático. Mas que o presidente e seus ministros terão de abrir diálogo a partir de agora e debater os assuntos que serão votados.
Redação com CNN Brasil
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