O prefeito Cícero Lucena (MDB) já ganhou a disputa com o senador Efraim Filho (UB) em torno do apoio do grupo Cunha Lima, na corrida pelo governo em 2026. O ex-senador Cássio teria dobrado as resistências do ex-deputado federal Pedro, que deve ser o candidato a vice-governador de Cícero.
Deixado ao relento, o Clã Morais já tem um discurso pronto para a "traição" ou "rompimento", como queiram, que deverá sofrer da família Cunha Lima. Além de ter figurado ao lado de Pedro na eleição de 2022, Efraim tem salvado a gestão Bruno Cunha Lima com vultuosos recursos enviados à Campina Grande.
Pedro teria sido convencido de que é melhor para sua imagem a aliança de centro-esquerda com Cícero e Veneziano do que a aliança bolsonarista de Efraim. Uma chapa de deputado federal com Mersinho Lucena, Wellington Roberto e Romero Rodrigues, também pesou. Pedro não teria como contrariar o maior interesse de Gilberto Kassab que é aumentar bancada federal que rende maior fundo partidário. De sobra, o PSD ainda terá o candidato a vice-governador.
Outro fator com forte influência a decisão teria sido a mudança da conjuntura político nacional, gerando perspectiva plausível de reeleição do presidente Lula (PT). No jogo de estratégias políticas, Veneziano passaria a ser mais importante do que Efraim Filho. Nas avaliações locais, o sentimento é que a aliança com Cícero dá volume à oposição, produzindo um fato imediato para além da consolidação da chapa, que é, em tese, criar, para a propaganda, uma perspectiva de vitória desde o início da campanha.
Para o prefeito Cícero, a aliança com o grupo Cunha Lima é essencial para o projeto de candidatura porque produz a sensação de força majoritária nos dois maiores colégios eleitorais do Estado (João Pessoa e Campina Grande), produzindo impacto significativa nos grupos de oposição em todo o Estado.
com Josival Pereira
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