Os agentes da Polícia Federal deflagraram à 0h desta terça-feira (7) uma greve nacional por tempo indeterminado. Reivindicam a reformulação da carreira, reajustes salariais e a demissão do diretor-geral da PF Leandro Daiello, a quem acusam de privilegiar os delegados. Em texto veiculado na sua própria página na internet, a Federação Nacional dos Policiais Federais anota: "Investigações em curso e as emissões de passaporte devem parar, salvo casos de emergência". Haverá "operação padrão" nos aeroportos, portos e nos postos de fronteira.
Como que antevendo aversão da clientela dos serviços da PF à paralisação, o presidente da federação, Marcos Wink, declara: "Sabemos que qualquer movimento de freve traz dificuldades à vida das pessoas. mas queremos minimizar esses impactos e ter o apoio da população". Alega-se que a corporação negociava com o Ministério do Planejamento havia dois anos. O governo acenara com a apresentação de uma proposta até o dia 31 de julho. Como isso não aconteceu, optou-se pela greve. Decisão anunciada na quarta-feira (1º) da semana passada.
Os policiais reclamam que, embora disponham de curso superior, encontra-se submetidos a uma portaria que os acomoda num quadro funcional de nível médio-piso de cerca de R$ 7 mil e teto de R$ 11 mil. Exigem remuneração mínima de R$ 12 mil, com a consequente elevação do pé-direito da carreira. Na hipótese de atender as demandas dos agentes, o governo passará a ser inevitavelmente acossado pelos delegados, cujo salário inicial é de R$ 13.400 e o teto de R$ 19.600, noves fora as vantagens pessoais.
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