Em seu mais recente artigo [publicado no MaisPB], neste domingo (26), o jornalista Júnior Gurgel revela enredo de como o governador Ricardo Coutinho (PSB) conseguiu escapar da iminente degola que estaria preparada para tirá-lo da Chefia do Poder Executivo Estadual. Confira o artigo na íntegra:
"O “inferno astral” instalado durante o primeiro semestre deste ano - quase levou o Governador Ricardo Coutinho a fraquejar - antes de concluir o segundo ano de mandato, perdendo a chefia do Poder Executivo, chegou ao seu fim quando escapou “milagrosamente”, da ofensiva fulminante “agenciada” pelo TRE-PB. O Governador furou um “cerco”, que inevitavelmente iria pô-lo como alvo em um fogo cruzado, do qual não sairia ileso. Abortou a emboscada, já iniciada com tiroteios partindo de pontos estratégicos, inclusive de seus próprios “aliados”.
Subestimando o “instinto matilha” da classe política paraibana, e sua óbvia capacidade de união - quando o propósito é traição - com objetivos determinados de usurparem espaços de seus pares, Ricardo Coutinho não acreditava no perigo a que vinha se expondo, minimizando sempre o instinto natural e predatório que permeia seu próprio meio. Em tempo hábil, foi despertado pelas declarações do Deputado Estadual Vituriano Abreu, seguidas de Frei Anastácio, prenunciando seu impeachment. Projeto já arquitetado e liderado pelo Presidente da ALPB, Ricardo Marcelo. O bem informado ex-senador Ney Suassuna, advertiu Ricardo Coutinho, revelando informações privilegiadas de todo o projeto, que já contava com o apoio do Poder Judiciário (através do TRE) e Tribunal de Contas do Estado. Mesmo considerando os relatos como “absurdos”, Ricardo aguardou prenúncios do início da “operação”, que o tiraria do Palácio da Redenção.
As “senhas” aos poucos se confirmaram. A primeira: derrota na ALPB, que negou autorização do empréstimo da CAGEPA. A segunda – mais perigosa – O TRE marcou pauta, para julgamento da AIJE sobre a desapropriação da Fazenda Cuiá, quebrando sigilo bancário do proprietário do imóvel, acusado de “irrigar” via caixa dois, recursos para campanha de 2010. A terceira partiu do Senador Cássio Cunha Lima, que utilizando seu microblog, alfinetou o Governador, criticando sua propaganda oficial, e se opondo a pontos cruciais de sua gestão, como “limites” de transferências de recursos para a UEPB, reduzindo percentuais de sua autonomia. Senador “tucano” preparava sua rota de fuga, evitando está sob o mesmo teto, e ao lado de Ricardo, no momento do desmoronamento, evitando ser soterrado ao lado do “socialista”. Cássio confirmou sua presença no guia eleitoral do candidato a Prefeito Cícero Lucena (PSDB-JP), que não fará outra coisa, senão desqualificar por completo a gestão do “coletivo girassol”.
A partir de então, o centro das atenções se voltaram para as opiniões do Senador Ney Suassuna, que pessoalmente assumiu o comando das ações. O leitor deve está questionando: por que Ney Suassuna? Quem comanda o “caixa” do Governo Ricardo Coutinho é sua “indicada”, fiel escudeira, Aracilba Rocha. Ney está por trás da Cruz Vermelha, e representa empresas, em outros grandes negócios com o Governo do Estado. Aracilba Rocha, que inevitavelmente seria intimada a depor na CPI da CAGEPA - empresa onde administrou contratos de mais de 200 milhões de reais - locados por Ney Suassuna quando Presidiu o OGU, temia exposição de documentos comprometedores. Quem não se recorda de “Ará”? Foi batizada pela mídia na época, como a “Rainha das Águas”, título pomposo que desfrutou por toda a gestão do Maranhão II. Muita coisa, e destino de todos (PMDB/PSDB/DEM/PSB) estavam em jogo. CPI da CAGEPA mostraria roteiro macabro de onde foi parar o dinheiro público, e seus desvios, ocorridos nos últimos dezessete anos.
O caso Fazenda Cuiá – esquecido por quase dois anos - teve seu julgamento iniciado pelo TRE. Imediatamente, três votos favoráveis para que fosse quebrado o sigilo bancário da operação, proferidos pelos Juízes Miguel de Brito Lyra, João Bosco Medeiros e Márcio Accioly. Inesperadamente, o Presidente da Corte, José Di Lorenzo Serpa, pediu vistas ao processo (?). Não entendemos como funciona a Corte de Justiça Eleitoral da Paraíba, e o que diz seu Regimento Interno. Mas, O Presidente quebrar a sequencia de uma votação, onde ele seria o último, e só votaria em caso de empate, causou estranheza nos meios jurídicos. Este tipo de procedimento, nunca havia acontecido na Paraíba. Votação suspensa, noites de sono perdidas por Luciano Agra, Estelizabel; Ricardo Coutinho... Agora sim, o Governador finalmente acreditava que seu destino político estava por um fio, e nas mãos de Ney Suassuna.
Senador Suassuna esteve no Recife, convocou um dos seus assecla “mercenário” e perito no assunto. Deu-lhes devidas “instruções”, e mandou-o procurar Aracilba Rocha. O “escalado”, não gostava de “Ará”. Ambos se antipatizavam. Mas, esqueceram o passado, e se encontraram num estacionamento em João Pessoa. Aracilba recebeu um envelope tamanho ofício. Em troca, ao sair do veículo da Secretária, um “gordinho sorridente” foi visto com um saco preto, aqueles que se utiliza para lixo (?). No envelope, certamente continha as “Jurisprudências, decisões e entendimentos” que mudariam completamente o curso do Julgamento Caso Cuiá. Foi exatamente o que aconteceu. De volta com seu “visto”, o processo da Cuiá conseguiu modificar os votos dos três, que anteriormente já havia se posicionado favoráveis a quebra de sigilo.
Frei Anastácio, sem saber que os “Ricardos” haviam se encontrado em Brasília, ainda cometeu a “gafe” de procurar o que Preside a Assembleia, e inocentemente perguntar quando instalariam a CPI da CAGEPA. Ouviu do Deputado – desaparecido há semanas - de seu gabinete, um seco “aguarde”. Ricardo Marcelo, Cássio Cunha Lima, Ricardo Coutinho e até (pasmem) Senador Vital Filho, passaram a falar a mesma “linguagem”. Fundamentada nos ensinamentos do Mestre Ney Suassuna. Eita Paraíba!"
Subestimando o “instinto matilha” da classe política paraibana, e sua óbvia capacidade de união - quando o propósito é traição - com objetivos determinados de usurparem espaços de seus pares, Ricardo Coutinho não acreditava no perigo a que vinha se expondo, minimizando sempre o instinto natural e predatório que permeia seu próprio meio. Em tempo hábil, foi despertado pelas declarações do Deputado Estadual Vituriano Abreu, seguidas de Frei Anastácio, prenunciando seu impeachment. Projeto já arquitetado e liderado pelo Presidente da ALPB, Ricardo Marcelo. O bem informado ex-senador Ney Suassuna, advertiu Ricardo Coutinho, revelando informações privilegiadas de todo o projeto, que já contava com o apoio do Poder Judiciário (através do TRE) e Tribunal de Contas do Estado. Mesmo considerando os relatos como “absurdos”, Ricardo aguardou prenúncios do início da “operação”, que o tiraria do Palácio da Redenção.
As “senhas” aos poucos se confirmaram. A primeira: derrota na ALPB, que negou autorização do empréstimo da CAGEPA. A segunda – mais perigosa – O TRE marcou pauta, para julgamento da AIJE sobre a desapropriação da Fazenda Cuiá, quebrando sigilo bancário do proprietário do imóvel, acusado de “irrigar” via caixa dois, recursos para campanha de 2010. A terceira partiu do Senador Cássio Cunha Lima, que utilizando seu microblog, alfinetou o Governador, criticando sua propaganda oficial, e se opondo a pontos cruciais de sua gestão, como “limites” de transferências de recursos para a UEPB, reduzindo percentuais de sua autonomia. Senador “tucano” preparava sua rota de fuga, evitando está sob o mesmo teto, e ao lado de Ricardo, no momento do desmoronamento, evitando ser soterrado ao lado do “socialista”. Cássio confirmou sua presença no guia eleitoral do candidato a Prefeito Cícero Lucena (PSDB-JP), que não fará outra coisa, senão desqualificar por completo a gestão do “coletivo girassol”.
A partir de então, o centro das atenções se voltaram para as opiniões do Senador Ney Suassuna, que pessoalmente assumiu o comando das ações. O leitor deve está questionando: por que Ney Suassuna? Quem comanda o “caixa” do Governo Ricardo Coutinho é sua “indicada”, fiel escudeira, Aracilba Rocha. Ney está por trás da Cruz Vermelha, e representa empresas, em outros grandes negócios com o Governo do Estado. Aracilba Rocha, que inevitavelmente seria intimada a depor na CPI da CAGEPA - empresa onde administrou contratos de mais de 200 milhões de reais - locados por Ney Suassuna quando Presidiu o OGU, temia exposição de documentos comprometedores. Quem não se recorda de “Ará”? Foi batizada pela mídia na época, como a “Rainha das Águas”, título pomposo que desfrutou por toda a gestão do Maranhão II. Muita coisa, e destino de todos (PMDB/PSDB/DEM/PSB) estavam em jogo. CPI da CAGEPA mostraria roteiro macabro de onde foi parar o dinheiro público, e seus desvios, ocorridos nos últimos dezessete anos.
O caso Fazenda Cuiá – esquecido por quase dois anos - teve seu julgamento iniciado pelo TRE. Imediatamente, três votos favoráveis para que fosse quebrado o sigilo bancário da operação, proferidos pelos Juízes Miguel de Brito Lyra, João Bosco Medeiros e Márcio Accioly. Inesperadamente, o Presidente da Corte, José Di Lorenzo Serpa, pediu vistas ao processo (?). Não entendemos como funciona a Corte de Justiça Eleitoral da Paraíba, e o que diz seu Regimento Interno. Mas, O Presidente quebrar a sequencia de uma votação, onde ele seria o último, e só votaria em caso de empate, causou estranheza nos meios jurídicos. Este tipo de procedimento, nunca havia acontecido na Paraíba. Votação suspensa, noites de sono perdidas por Luciano Agra, Estelizabel; Ricardo Coutinho... Agora sim, o Governador finalmente acreditava que seu destino político estava por um fio, e nas mãos de Ney Suassuna.
Senador Suassuna esteve no Recife, convocou um dos seus assecla “mercenário” e perito no assunto. Deu-lhes devidas “instruções”, e mandou-o procurar Aracilba Rocha. O “escalado”, não gostava de “Ará”. Ambos se antipatizavam. Mas, esqueceram o passado, e se encontraram num estacionamento em João Pessoa. Aracilba recebeu um envelope tamanho ofício. Em troca, ao sair do veículo da Secretária, um “gordinho sorridente” foi visto com um saco preto, aqueles que se utiliza para lixo (?). No envelope, certamente continha as “Jurisprudências, decisões e entendimentos” que mudariam completamente o curso do Julgamento Caso Cuiá. Foi exatamente o que aconteceu. De volta com seu “visto”, o processo da Cuiá conseguiu modificar os votos dos três, que anteriormente já havia se posicionado favoráveis a quebra de sigilo.
Frei Anastácio, sem saber que os “Ricardos” haviam se encontrado em Brasília, ainda cometeu a “gafe” de procurar o que Preside a Assembleia, e inocentemente perguntar quando instalariam a CPI da CAGEPA. Ouviu do Deputado – desaparecido há semanas - de seu gabinete, um seco “aguarde”. Ricardo Marcelo, Cássio Cunha Lima, Ricardo Coutinho e até (pasmem) Senador Vital Filho, passaram a falar a mesma “linguagem”. Fundamentada nos ensinamentos do Mestre Ney Suassuna. Eita Paraíba!"
Nenhum comentário:
Postar um comentário