Mais de 1.500 médicos de planos e seguros de saúde na Paraíba farão uma paralisação de até 15 dias a partir do próximo dia 10 de outubro para reivindicar reajuste no preço dos honorários e descumprimento de cláusulas acordadas em março deste ano. Na Paraíba há aproximadamente 40 planos de saúde, mas apenas cerca de 10 deles serão atingidos com a paralisação. Segundo o presidente do Sindicato dos Médicos, Tarcísio Campos, entre esses planos estão Hapvida, Norclínica, Amil, Geap, Sulamérica, Bradesco e alguns do Grupo Unidas.
Tarcísio Campos explicou que no dia 10 de outubro acontecerá uma assembleia geral para decidir quais os planos de saúde que serão atingidos e qual o tempo de duração da paralisação na Paraíba. “Cada plano de saúde terá uma paralisação diferente. A quantidade de dias vai variar conforme a relação que os médicos estejam tendo com as operadoras. Vamos reavaliar se os acordos estão sendo mantidos”, disse.
Ele afirmou que a Unimed ficará de fora da paralisação porque se trata de uma cooperativa e os acordos são feitos separadamente através de uma assembleia extraordinária entre os médicos cooperados. Os médicos estão reivindicando reajuste de 100% no valor pago pelas consultas e outros serviços como cirurgias e diagnósticos. Segundo Tarcísio Campos, em média, é pago R$ 40 por consulta e os médicos reivindicam padronização do valor para todos os planos em R$ 80.
“Com relação aos procedimentos cirúrgicos, como uma cesariana, por exemplo, pela qual hoje é pago R$ 400, queremos que seja reajustado para R$ 800. E o valor pago por exames como de endoscopia, por exemplo, que hoje é R$ 80, queremos que seja reajustado para R$ 160”, explicou. Tarcísio Campos informou ainda que o valor mais baixo pago por uma consulta médica em um plano de saúde na Paraíba é R$ 38. Nesses casos, se o reajuste for fechado em R$ 80, o aumento será de 110%.
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