A gestão de Audiberg Alves (PTB) em Itaporanga nesses nove meses vinha numa, digamos assim, suposta calmaria dada pela população para que o chefe do Executivo Municipal pudesse imprimir um novo modelo de gestão, como prometido em campanha, para que o bem comum fosse o foco e horizonte de suas ações. Assim, o prefeito montou uma equipe técnica que ao seu ver poderia ser mais eficiente do que a de seus antecessores.
Nas últimas semanas começaram a pipocar casos rumorosos de superfaturamento numa das áreas que mais afeta a vida do povo: a Saúde. Isso porque o cidadão tem que ter o acesso ao sistema municipal de saúde, como garante a lei, mas, mais do que isso, deve ter o aceso à uma boa prestação do serviço. O que fato não tem acontecido na 'Rainha do Vale'. Diante disso, a população começa a perder a paciência com a atual administração por um motivo simples: inoperância.
Desde meados de março passado que vereadores vem denunciando na Câmara Municipal a estagnação e o abandono da área de Saúde no município. Falta remédio na Farmácia Básica, Assistência a população, médicos nos PSF's, etc, enquanto, sobram denúncias, levantadas na Casa do Povo, sobre desvio de conduta na Secretaria Municipal da Saúde, desvio de função de servidores, superfaturamento de compras, dentre outros males.
A população tem ocupado a imprensa para reafirmar o que denunciam os vereadores, que a incapacidade administrativa leva a um caos na Saúde da cidade. O povo tem denunciado casos e mais casos que levam à essa situação. Mas, ao perder a paciência com os desmandos, cidadãos e cidadãs tem preferido colocar a cara na rua e reclamar da péssima prestação do serviço, bem como, clamar que o prefeito tome uma atitude mudando o que está errado.
Um dos muitos exemplo de descaso com a saúde pública, situação humilhante e penosa por que passa a população mais carente do município foi trazida à público na manhã desta terça-feira (24) pela dona de casa Fabiana Lopes Siqueira (na foto ao lado), durante o PB Notícias, que junto de uma filha, com 10 anos de idades, estão sem saber à quem recorrer para ter direito à remédios de uso controlado e tratamento de saúde.
Ela afirmou que a secretária, fisioterapeuta Maria Aparecida Alves Conserva, havia lhe dado uma autorização para pegar o medicamento numa farmácia da cidade, já que na do município não tem, e como não conseguiu com o sistema municipal de saúde, que é obrigado à lhe amparar, teve de comprar com dinheiro do próprio bolso. Dinheiro este, pouco mais de R$ 70,00, que fará falta para colocar comida na boca de seus filhos. "Não tenho como continuar pagando por esse medicamento. Não sei à quem recorrer", disse.
De posse de documentos, ela relatou outro caso humilhante que passara. Diz respeito à uma consulta que tentou marcar, semana passada, na Central de Regulação e Marcação de Consultas, para um exame de eletroencefalograma e não conseguiu porque só distribuíram três fichas: "Agente tem de chegar às seis horas da noite do dia anterior, dormir na frente da central e rezar pra que às cinco da manhã conseguir uma ficha. Isso é uma humilhação sem tamanho para o povo pobre", disse ao assegurar que iria procurar mais uma vez a secretária esta semana para resolver o problema e caso não consiga retornará às rádios para pedir providências ao prefeito ou, então, ao Ministério Público.
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