Vale apena conferir excelente artigo escrito pela jornalista Lídia Moura com análise sobre a conjuntura atual da política paraibana e a mexida que uma candidatura de Cássio provocaria nas articulações e montagem de chapas e exército para a guerra eleitoral que se avizinha. Veja, a íntegra do texto abaixo:
"O senador Cássio Cunha Lima será candidato a governador. O grupo de seguidores em Campina Grande já começa a preparar o terreno e acomodações devem ocorrer, em breve.
O governo RC, antes sem problema algum, começa a ter pontos e ações apontados como “divergências graves”, a exemplo da segurança, o que vamos combinar: é a mais pura verdade. Caos é apelido. A falta de segurança chegou a ponto de um ladrão roubar e continuar nas imediações roubando mais e aterrorizando as vítimas.
O tom começa a subir, no melhor estilo Cássio, que pontua e acentua os problemas quando a decisão já está tomada, madura, acertada. E até se aposta que o rompimento virá de Ricardo para Cássio e não o contrário. E já para a próxima semana.
Também é no estilo Cássio que o PSDB começa a ser fortalecido com filiações e definições de candidaturas. Quem será candidato a federal e a estadual já começa a ser dito, haja vista que o filho, Pedro, será deputado federal e não há acordo possível. Será e pronto. Quem quiser que venha neste cenário. O senador, neste ponto, não costuma enganar a ninguém. Joga aberto. Foi assim para eleger Ronaldo deputado. Propôs um chapão. Tinha razão, se viu depois.
Em janeiro de 2013 tratamos do assunto. E repito: com a candidatura de Cássio o cenário muda completamente e até candidaturas serão alteradas. O maior prejuízo vai para Ricardo Coutinho que perde o seu maior aliado e um partido forte. Outro que perde é Veneziano, haja vista que Campina iria se dividir entre dois filhos e a preferência por Cássio, sendo ele próprio o candidato, se mostrou um atacado de estupor, até aqui.
Sendo Cássio candidato, a discussão neste ponto praticamente se encerra. Vamos agora assistir como sai do governo que elegeu. Como diz isso à sociedade e quem vai acompanhá-lo. Poucos ficarão, é certo.
Na fase seguinte, e essa é a discussão que importa agora, vai decidir quem será o candidato a vice-governador e a senador. Para senador a aposta é Cícero, pela caminhada que se fez junto, pelo prestígio de Cícero no PSDB nacional, pela condição de garantir a vaga que Cícero possui. Para vice, veremos o seu critério nos próximos dias. Já há quem pensa em migrar para viabilizar o cenário necessário à indicação.
Na outra ponta há Benjamin Maranhão no controle do novo partido, a Solidariedade (nome é bacana), que se diz, pra bandas de Brasília, se perfilará com Ricardo Coutinho. É possível, principalmente com a candidatura de Cássio, que se confirmada mesmo vai provocar a grande reunião, não necessariamente coalizão, integrada por: Maranhão, Ricardo Coutinho, Luciano Cartaxo, Vital do Rego Filho, Agnaldo Ribeiro (PMDB, PSB, PT, PSC, PP, além de PSC, PTC e outros que "integram o projeto”).
A grande reunião vai atuar contra Cássio e o PSDB e tem o aval do esquema nacional, que pretende manter o PT no poder. É antes uma reunião contra Aécio e o projeto nacional. Neste cenário, se Cassio vencer as eleições, significa que, na Paraíba, é imbatível, ainda mais se houver dois ministros da Paraíba na Esplanada.
Nunca é demais lembrar: todos os cenários são possíveis e desmontáveis."
Lídia Moura - Jornalista
27/09/2013
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