O governador Ricardo Coutinho montou uma operação de guerra para apresentar, nesta quarta-feira (25), em Brasília, sua defesa ante o processo nº 018.832/2013-0, que deverá ser julgado pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Este foi o processo aberto pela Corte, com base em denúncia formulada pelo prefeito Segundo Madruga (foto), do município de Emas.
Conforme a denúncia, o governador mandou retirar os carros-pipa que abastecem a cidade, durante o período mais crítico da estiagem que assolou o Estado; após o prefeito se recusar a aderir ao seu projeto de reeleição. A denúncia foi encaminhada ao Senado Federal, que acionou o TCU.
Segundo testemunho do prefeito, ao participar de uma audiência, o governador foi explícito em querer saber quem iria apoiar nas eleições de 2014 ao Governo do Estado. "Ei disse que praticamente já havia decidido em quem iria votar. Imediatamente, o governador mandou cortar três carros-pipa necessários para o abastecimento da cidade", disse Madruga. A população de Emas vinha sendo abastecida pelos três carros-pipa, que eram locados pelo Governo. "Mas, a quantidade de água era insuficiente para atender a todos. Aí, eu decidir ir ao governador pedir que ele aumentasse o número de carros-pipa. Foi pior, porque ele mandou foi retirar o pouco que nós tínhamos", concluiu.
O processo que será analisado pelo TCU tem como relator o ministro pernambucano José Múcio Monteiro.
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