O deputado estadual Carlos Dunga (PTB) não é de falar "pelos cotovelos", como se costuma rotular os tagarelas. Apesar da experiência política que acumula. Mas, quando se mostra preocupado com uma situação ou fato, tem razões de sobre para tanto. Dunga decidiu tratar de um assunto que poucos se arriscam a abordar e, quando o fazem, é de forma superficial. E resolveu tomar pra si a responsabilidade de provocar as duas principais lideranças envolvidas no processo sucessório estadual pelo bloco da situação - o governador Ricardo Coutinho (PSB) e o senador Cássio Cunha Lima (PSDB).
Dunga foi ao governador esta semana e externou sua preocupação com a possibilidade do tão falado rompimento. Fez o mesmo com o senador. Ao final do diálogo individualizado, Dunga, mesmo sendo do PTB, cobrou de Ricardo e Cássio uma decisão urgente para aliviar o calvário das bases. Como resposta, os aliados encontram apenas uma grande interrogação. E olha que os argumentos de Dunga não se resumem a situação dos aliados. Passam também pelos adversários. Ele diz que essa situação só fortalece a oposição, mais precisamente o PMDB e seu candidato Veneziano Vital do Rego.
Dunga é aliado incondicional de Cássio e está aliado de Ricardo, por quem não morre de amores. Mas, entre o atual governador e o PMDB de Veneziano, não deixou dúvidas sobre sua escolha em ficar ao lado do governo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário