quinta-feira, 10 de julho de 2014

Pedro Cunha Lima condena tentativa de pregar inelegibilidade do pai e defende a democracia: “Tapetão não cola mais”

Filho do senador Cássio Cunha Lima (PSDB), o jovem advogado Pedro Cunha Lima (PSDB) condenou, durante entrevista na manhã de hoje (10), a tentativa de se plantar, novamente, agora nas eleições deste ano, a "pecha" da inelegibilidade do pai na disputa eleitoral, com base na Lei da Ficha Limpa. De acordo com ele, que já tem notado conhecimento em direito, a democracia deve ser respeitada através do voto popular e não através do Poder Judiciário.
"Ainda não inventaram nada melhor que a democracia, por mais honrados que sejam os juízes e o poder judiciário, o povo sabe escolher melhor, vamos levar essa eleição para a democracia porque o tapetão não cola mais", declarou. Ele defendeu que o debate seja levado para o campo das comparações das gestões na disputa: "Se fala muito em comparar gestões, mas na hora da campanha, em vez de puxar esse debate das ruas, começam a usar a via do poder judiciário. Vamos decidir na base da democracia, vamos comparar, deixar a sociedade escolher democraticamente". 
O debate da judicialização entrou em pauta de ser protocolado no TRE-PB, no início da noite de ontem (9), pedido de impugnação do registro de candidatura do senador tucano. Para Pedro, a retroatividade da sentença da Lei da Ficha Lima é um absurdo jurídico: "Em 2010, chegada a Lei da Ficha Limpa existia um debate jurídico muito fervoroso em cima daquilo, pois acreditávamos no nosso direito e, como advogado, analisava a questão da segurança jurídica, da irretroatividade da lei e da coisa julgada".
"... Confiávamos no nosso direito e Cássio empenhou sua palavra e disse que era candidato e poderia ser e assim foi até hoje com a confiança do povo da Paraíba, superando todo esse debate", frisou. Adiantou não ter a menor dúvida de que estão tentando repetir o cenário do passado, "mas o Tribunal Superior Eleitoral já decidiu à unanimidade que a contagem do prazo se dá dia a dia e esse era o argumento final".
Pedro lembrou, ainda, que "mesmo que se alargue o prazo de inelegibilidade de três para oito anos, ainda assim, no dia da eleição já terão passado os oito anos e Cássio é elegível". Consciente de que o jogo é pra ser jogado, proclamou que os questionamentos jurídicos são uma afronta à democracia, "mas o PSDB vai responder a tudo em direção a uma situação consolidada juridicamente e respeitando a vontade do povo de votar".

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