Os franceses tomaram as ruas de Paris neste domingo (11/1) em um ato de protesto após o mais grave ataque terrorista na França dos últimos anos. Em toda a França mais de 3,7 milhão de pessoas, de acordo com o Ministério do Interior, foram às ruas e homenagearam as 12 vítimas do atentado ao jornal satírico Charlie Hebdo e demonstraram união diante da violência extremista. Líderes mundiais e familiares das vítimas participaram da manifestação pacífica.
A movimentação na Place de la République começou ainda pela manhã. Os manifestantes do denominado "ato republicano" seguiram por dois caminhos: pelo Boulevard Voltaire e pela Avenida da República. Ambos os percursos terminaram na Praça da Nação. Atiradores de elite se posicionaram ao longo do trajeto para garantir a segurança da multidão que fazia questão de deixar claro não ter medo do terrorismo. No total, 5,5 mil homens, entre policiais e soldados, além de 2,2 mil agentes, foram encarregados da segurança mo protesto.
Sobreviventes do ataque à revista Charlie Hebdo, como o designer especial Luz e Patrick Pelloux, estiveram no Centro de Paris, assim como familiares das vítimas. Elsa Wolinski, filha do criador da revista Charlie Hebdo, Georges Wolinski, morto na quarta-feira no ataque, falou com jornalistas e pediu para que as pessoas não se entreguem ao ódio. "Nessa coisa sórdida vai algo maravilhoso, Wolinski morreu com os amigos", afirmou a filha do artista.
Pessoas observam da sua janela multidão em torno da praça da República, em Paris
Ao lado do presidente Hollande, líderes mundiais participam de marcha em Paris contra o terror
Nenhum comentário:
Postar um comentário